No Reino Unido as empresas vão poder ter a acesso a mais de um milhão de quilómetros de condutas subterrâneas, para impulsionar a implantação da banda larga de próxima geração. Para regulamentar a partilha das condutas o ministro da Infraestrutura Digital, Matt Warman, está num processo de auscultação.
O novo regulamento deve abrir o acesso aos operadores de rede de banda larga para alojarem os equipamentos nas infraestruturas ‘passivas’ pertencentes e usadas por outras empresas de telecomunicações. A infraestrutura passiva inclui condutas, postes, mastros, tubos, câmaras de inspeção, caixas de visita, armários e instalações de antenas.
O governo está a explorar a possibilidade das empresas poderem passar cabos de banda larga de alta velocidade pelas redes de eletricidade, gás, água e esgoto que percorrem todo o Reino Unido.
Mas também pode vir a considerar o fortalecimento do acesso das empresas de banda larga a cabos ao longo da nova infraestrutura existente nas redes rodoviárias e ferroviárias em todo o país.
Atualmente, as obras de construção civil, em especial a instalação de novas condutas e postes, podem representar até 80% dos custos para a indústria na instalação de novas redes de banda larga com capacidade de gigabit.
Estas medidas podem reduzir significativamente o tempo e o custo necessários para implantar banda larga com capacidade de gigabit em todas as residências e empresas do Reino Unido, oferecendo às pessoas conexões à Internet capazes de atingir velocidades de download de até 1 gigabit (1000 megabits) por segundo .
Investigadores da Comissão Nacional de Infraestruturas sugerem que a reutilização da infraestrutura pode levar a uma economia de custos de 8,9 mil milhões de euros para as empresas que implantam banda larga com capacidade de gigabit.
Para o ministro da Infraestrutura Digital, “faz sentido tanto económico como de natureza geral que as empresas que instalam banda larga de gigabit façam uso da infraestrutura que já existe em todo o país. Isso vai ajuda-las a evitar os altos custos e os tempos de construção das suas próprias infraestruturas e, finalmente, beneficiar os consumidores.
Com a revisão dos Regulamentos de Acesso à Infraestrutura para permitir a partilha de acesso à infraestrutura física nos setores de serviços públicos, transporte e comunicações, o Reino Unido pretende disponibilizar em todo o país banda larga de próxima geração até 2025.