O Reino Unido pretende tornar-se o primeiro país da Europa com um programa de combustível nuclear de alta tecnologia, com um investimento de quase 350 milhões de euros para ajudar a fornecer até 24 GW de energia nuclear até 2050, considerada um quarto das necessidades em eletricidade.
O financiamento governamental apoiará a produção interna de urânio de alto teor e baixo enriquecimento, designado comercialmente por HALEU (High Assay Low Enriched Uranium). Trata-se de um o combustível especializado necessário para alimentar a próxima geração de reatores nucleares. A maioria dos reatores avançados requerem este combustível que atualmente só é produzido comercialmente pela Rússia.
Com o lançamento do programa HALEU o Reino Unido pretende passar a fornecer ao mundo combustível nuclear especializado e dessa forma isolar ainda mais a Rússia na área comercial da energia.
O Governo do Reino Unido anunciou que também vão ser mais investidos mais de 11,6 milhões de euros para o desenvolvimento de competências e locais para a produção de outros combustíveis nucleares avançados para ajudar a garantir o fornecimento interno de combustível nuclear a longo prazo e a apoiar os aliados internacionais.
Para o Governo do Reino Unido os reatores modulares avançados poderão desempenhar um papel importante no renascimento nuclear do Reino Unido, uma vez que, e como os novos reatores modulares, são mais pequenos, podem ser fabricados em fábricas e podem transformar a forma como as centrais elétricas são construídas, tornando a construção mais rápida e menos dispendiosa. Muitos projetos têm potencial para uma série de aplicações além da geração de eletricidade com baixo teor de carbono, incluindo a produção de hidrogénio ou calor industrial.