O Governo do Reino Unido anunciou hoje que aprovou sanções contra oligarcas e bancos russos próximos ao Kremlin. As sanções vêm no seguimento da decisão da Federação Russa do reconhecimento da independência das regiões de Donetsk e Lugansk “em flagrante violação da soberania territorial da Ucrânia”.
“Restringiremos a capacidade do Estado russo e das empresas russas de arrecadar fundos nos nossos mercados, proibiremos uma série de exportações de alta tecnologia e isolaremos ainda mais os bancos russos da economia global”, referiu Liz Truss, Ministra das Relações Externas do Reino Unido.
As sanções são direcionadas a entidades russas, congelando os bens e impondo proibições de entrada no Reino Unido a 3 membros importantes da elite russa: Gennady Timchenko, o sexto oligarca mais rico da Rússia, e Boris e Igor Rotenberg, dois oligarcas associados ao regime russo, e a 5 bancos russos “envolvidos no financiamento da ocupação russa”, que incluem: o Bank Rossiya, Black Sea Bank for Development and Reconstruction, IS Bank, Genbank e o Promsvyazbank. Os ativos do Promsvyazbank, o banco central de suporte do setor de defesa da Rússia, também são congelados.
Das sanções do Reino Unido também fazem parte os membros da Duma Russa e do Conselho da Federação que votaram pelo reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk.
Liz Truss referiu também que nas próximas semanas, as sanções vão ser alargadas à Crimeia, Donetsk e Lugansk, que vai impedir que qualquer indivíduo ou empresa do Reino Unido possa fazer negócios com esses territórios até que seja devolvido ao controlo ucraniano.
Em comunicado o Governo do Reino Unido indica que no caso de novos atos agressivos da Rússia contra a Ucrânia, foi preparado “um pacote sem precedentes de novas sanções prontas para serem aplicadas. Isso inclui um amplo conjunto de medidas direcionadas ao setor financeiro russo e ao comércio.”
“Como parte disso, se a Rússia não diminuir a escalada, o Reino Unido apresentará em breve legislação que, entre outras medidas, impedirá a Rússia de emitir dívida soberana nos mercados do Reino Unido”.