A 5.ª Conferência Mundial de Enoturismo vai decorrer, no outono de 2020, em Reguengos de Monsaraz. O evento é promovido pela Organização Mundial de Turismo (OMT) e reúne especialistas de todo o mundo que analisam e debatem o setor do Enoturismo a nível mundial, bem como apontam estratégias para o desenvolvimento do turismo de vinhos.
A conferência, que se realiza anualmente, decorre na próxima semana na Moldávia e no ano seguinte, em 2019 realiza-se no Chile.
Reguengos de Monsaraz recebeu, no passado dia 23 de janeiro, a primeira visita oficial do Secretário Geral da Organização Mundial do Turismo, Zurab Pololikashvili, poucas semanas após a sua tomada de posse na agência especializada das Nações Unidas que é a principal entidade internacional na área do turismo.
Para a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, citada em comunicado da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz (CMRM), “esta é mais uma conquista que vai ajudar a promover e posicionar Portugal internacionalmente como destino imperdível de Enoturismo”.
A escolha de Reguengos de Monsaraz para a Conferência Mundial de Enoturismo, “resultou da visita do Secretário-Geral da OMT a Portugal este ano e traduz o reconhecimento da forma como Portugal é hoje visto como um case study internacional no turismo.”
Para José Calixto, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, citado em comunicado, “é uma honra para Reguengos de Monsaraz, território que assume centralidade no panorama vitivinícola português, ter a confiança do Governo de Portugal e da Organização Mundial de Turismo para assumir a liderança da organização da quinta edição da Conferência Mundial de Enoturismo, a realizar no outono de 2020”.
O autarca sublinhou que “este evento de dimensão mundial representará o culminar de uma fase de ouro da promoção do território de Reguengos de Monsaraz no Mundo, a qual se iniciou com a proclamação pela RECEVIN – Rede Europeia de Cidades do Vinho do nosso território como Cidade Europeia do Vinho 2015. Cinco anos depois assumiremos a organização do maior evento que se realiza no Mundo sobre Enoturismo”.
A CMRM indicou que o concelho de Reguengos de Monsaraz possui cerca de quatro mil hectares de vinhas e integra 10 produtores de vinho, nomeadamente a CARMIM, Esporão, Casa de Sabicos, Ervideira, Monte dos Perdigões, Adega José de Sousa, Luis Duarte Vinhos, Adega do Calisto, Monte das Serras e São Lourenço do Barrocal, que em conjunto produzem anualmente mais de 25 milhões de litros de vinho. Os enoturismos do Esporão e da Ervideira recebem cerca de 50 mil visitantes por ano.
Reguengos de Monsaraz foi a Cidade Europeia do Vinho em 2015, uma distinção atribuída pela RECEVIN – Rede Europeia das Cidades do Vinho que fomentou a realização de mais de 150 iniciativas promocionais em Portugal e no estrangeiro, esclareceu a CMRM. No ano seguinte, em 2016, a autarquia registou a marca Reguengos de Monsaraz – Capital dos Vinhos de Portugal e está a desenvolver uma campanha internacional de promoção que já teve ações de divulgação em feiras e congressos internacionais de turismo na China, Brasil, França, Polónia, Espanha e Alemanha.
Dados da Autarquia de Reguengos de Monsaraz indicam que em 2017 foram registados no concelho cerca de 100 mil turistas, o que representou um acréscimo de 12,4% em relação a 2016.
São vários os pontos de interesse turístico, destacando-se a vila medieval de Monsaraz, o Centro Oleiro de S. Pedro do Corval, considerado o maior do país com 22 olarias em atividade, os produtores de vinho e os seus enoturismos, os principais monumentos megalíticos como o Cromeleque do Xerez e o Menir do Outeiro, o Observatório do Lago Alqueva e a Fábrica Alentejana de Lanifícios que produz há mais de um século as tradicionais mantas.
A CMRM lembrou ainda que “Reguengos de Monsaraz assume desde 2016 a presidência da RECEVIN”, um segundo mandato que termina em 2020. “A Recevin é uma rede formada pelas associações de vinho nacional dos 11 países membros: Alemanha, Áustria, Bulgária, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Portugal e Sérvia, e integra cerca de 600 cidades europeias.”