Regresso do Boletim Polínico: um guia essencial da SPAIC para os doentes alérgicos

Regresso do Boletim Polínico: um guia essencial da SPAIC para os doentes alérgicos
Regresso do Boletim Polínico: um guia essencial da SPAIC para os doentes alérgicos. Foto: Rosa Pinto

A primavera é o período do ano em que a concentração de pólen atmosférico atinge valores elevados, e neste sentido o Boletim Polínico, elaborado pela Rede Portuguesa de Aerobiologia, que é um serviço da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) para a comunidade, desempenha um papel informativo importante ao divulgar a prevalência de pólenes em todo o território nacional.

“O Boletim Polínico pode ajudar os doentes alérgicos a estarem mais atentos e alerta sobre as épocas de polinização das plantas a que são alérgicos e, como tal, tomarem as devidas precauções e seguirem os conselhos dos imunoalergologistas que os acompanham na gestão da doença”, referiu Cláudia Penedos, da SPAIC, citada em nota de imprensa da SPAIC.

Depois do país ser atingido pela depressão Martinho, as informações da meteorologia indicam que a primavera vai começar com chuva, uma situação que de acordo com a bióloga, “diminui a carga polínica no ar, devido ao efeito de ‘lavagem da atmosfera’ que é provocado pela precipitação. Porém, estas chuvas têm sido intercaladas com algumas abertas com sol, que têm feito com que a polinização ocorra e que, em certos dias/momentos, a concentração de pólen no ar possa atingir níveis moderados a elevados”.

A Rede Portuguesa de Aerobiologia disponibiliza um diversas recomendações ao doente alérgico e também uma previsão polínica para várias regiões e tipos de pólen, respondendo aos limiares de pólen como baixo/moderado/elevado, tonando as recomendações uma ferramenta importante de consulta.

Além das concentrações polínicas, o Boletim Polínico também inclui alguns alertas sobre a presença, cada vez mais regular, de poeiras na atmosfera. “Estas poeiras são possíveis de ser detetadas nos nossos captadores polínicos e conseguimos confirmar que, de facto, a atmosfera fica bastante ‘suja’, vendo-se na nossa amostragem uma mistura de pólen, poeiras e outra poluição atmosférica, que muito provavelmente será ainda mais irritativa para os doentes que já tenham patologias respiratórias”, alerta Cláudia Penedos dada a influência que as poeiras podem ter no agravamento de doença alérgica.