O novo relatório ‘NORTE ESTRUTURA’ da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), na sua edição primavera de 2017, indica que a Região do Norte sofreu um processo de redução de emprego entre 2008 e 2013, que se saldou em menos 236 mil pessoas empregadas, ou seja, em menos 13,3%. Esta tendência começou a ser invertida a partir de 2014.
Nos últimos três anos, entre 2013 e 2016, assistiu-se na Região a uma recuperação, com mais 50 mil pessoas empregadas. Este crescimento ainda não permitiu recuperar a totalidade dos postos de trabalho perdidos na sequência da grave crise financeira internacional desencadeada em 2008.
A manter-se nos próximos quatro anos “o mesmo ritmo médio de crescimento da taxa de emprego, então a Região do Norte chegará a 2020 com uma taxa de 74,5%”, indica o relatório.
O estudo efetuado pela CCDR-N, traduzido no relatório, conclui que se tem registado uma crescente qualificação da mão-de-obra na Região, traduzida num aumento em mais de 10 pontos percentuais da proporção de população ativa com formação superior, ou seja de 11,6% para 21,9% entre 2007 e 2016.
Este primeiro relatório analisa, ainda, as projeções demográficas para o período 2015 a 2080, e de acordo com as projeções, da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística, a população residente em Portugal deverá continuar a diminuir e a Região do Norte deverá contribuir de forma significativa para esse decréscimo.
As projeções apontam para que o Norte passe a ser a região do país mais envelhecida a partir de 2033. No Norte residem atualmente 3,6 milhões de pessoas, mas a partir de 2048 haverá uma redução para menos de 3 milhões de habitantes.
Para Fernando Freire de Sousa, Presidente da CCDR-N, o novo relatório é um instrumento de interesse para a os atores da região e para a definição de políticas públicas.