No seguimento da reunião do dia 11 de julho entre os Sindicatos dos Professores e o Ministério da Educação (ME), o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) informou que não vai “desmobilizar ou amenizar a luta que tem levado a cabo pela reposição do tempo de serviço congelado de 9 anos, 4 meses e 2 dias, apesar do ME ter demonstrado neste encontro alguma flexibilidade de negociar sobre este tema.”
O SIPE indicou que “ainda que o ME, pela primeira vez em vários meses, não tenha colocado de parte a possibilidade de repor a totalidade de tempo de serviço congelado aos professores, também não se comprometeu em fazê-lo, adiando mais uma vez a decisão.”
Agora a satisfação da reivindicação dos professores parece “depender dos resultados que forem apurados por uma comissão técnica, constituída por representantes dos sindicatos e por técnicos do ME e do Ministério das Finanças, que irá contabilizar o custo total da reposição do tempo de serviço dos professores”, e ficou agendado que a primeira reunião “deverá realizar-se este mês, na semana de 23 a 27 de julho.”
O SIPE indicou que “irá manter as manifestações regionais de professores por distrito, convocadas para esta sexta-feira, assim como a greve às avaliações além da greve já agendada para o primeiro dia de aulas, a 17 de setembro.”
Com as manifestações e greves os sindicatos pretendem reforçar que não vão abdicar “da reposição na totalidade do tempo de serviço congelado”, no entanto continuam a manifestar-se disponíveis para negociar a forma e o prazo limite.
O SIPE diz ainda que “o ME recuou com o ultimato que tinha feito aos professores com a proposta de repor apenas 2 anos e 10 meses de serviço, é graças à grande luta dos professores pelos seus direitos.”
O SIPE indicou que informou “o ME de que o incumprimento, por parte do Governo, do exposto no documento do Orçamento de Estado 2018 relativamente à recuperação do tempo de serviço, irá motivar uma queixa a entidades internacionais”, e acrescentou que “a luta dos professores irá continuar até que haja uma efetiva reposição dos 9 anos, 4 meses e 2 dias que o ME quis apagar.”