A partir de hoje, 26 de fevereiro, e com especial incidência dias 28 de fevereiro, 1 e 2 de março, a previsão do estado do mar é de um agravamento gradual. A Marinha e a Autoridade Marítima Nacional indicaram que a agitação marítima será forte com previsões de ondas de 6 metros de altura, podendo atingir os 9 metros, dos quadrantes oeste e sudoeste, em especial no arquipélago da Madeira e no Continente, a sul do Cabo Espichel, costa Vicentina e Algarve.
A Autoridade Marítima Nacional e a Marinha reforçaram “a recomendação, em especial à comunidade piscatória e à náutica de recreio que se encontra no mar”, para “um regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adoção de medidas de precaução, pois as condições poderão ser muito adversas devido ao vento forte que se fará sentir nos quadrantes oeste e sudoeste.”
As condições podem ser graves “no arquipélago da Madeira e Sul de Portugal Continental pelo que as embarcações devem evitar sair para o mar” nos próximos dias e “devem ainda ser tomadas medidas de prevenção por todos aqueles que se encontram junto à linha de costa.”
A Marinha indicou que “a instabilidade será acompanhada de muita chuva que irá persistir nos próximos dias”, e que “esta situação será acompanhada de vento forte a muito forte de Sudoeste, de intensidade superior a 30 nós, com rajadas que poderão ultrapassar os 40 nós.”
Em face das previsões a Marinha recomendou o “reforço da amarração e vigilância apertada das embarcações atracadas e fundeadas, bem como evitar passeios junto ao mar, de onde se destacam os molhes das entradas das barras e zonas nas praias junto à água.”
A Marinha aconselhou “que os marítimos mantenham um estado de vigilância permanente e o acompanhamento da evolução da situação meteorológica e dos avisos à navegação e de previsão meteorológica radiodifundidos pela Marinha relativos à previsão meteorológica do IPMA, bem como outras informações das capitanias dos portos sobre as condições de acesso aos portos, evitando sair para o mar até que as condições melhorem.”
À população em geral que frequente as zonas costeiras, em especial na Região Autónoma da Madeira e ao longo de toda a faixa litoral oeste do Continente, a Marinha aconselhou “que até ao final da semana se abstenham da prática de passeios junto à costa e nas praias, bem como da prática de atividades lúdicas nas zonas expostas à agitação marítima, sendo essencial que assumam uma postura preventiva não se expondo desnecessariamente ao risco.”
A marinha avisou ainda que “caso exista absoluta necessidade de um deslocamento até à orla costeira, deverá ser mantida uma atitude vigilante e ter sempre presente que nestas condições o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras.”
E em especial para os pescadores lúdicos de pesca à cana aconselhou cautela,” evitando pescar junto às falésias e zonas de arriba nas frentes costeiras atingidas pela rebentação das ondas, tendo sempre presente que o mar nestas situações extremas alcança muitas vezes zonas aparentemente seguras.”
A Marinha informou ainda que “neste período irá reforçar o dispositivo na Zona Marítima da Madeira através do envio do Navio Patrulha Oceânico Figueira da Foz para aquela área, em reforço aos meios já existentes, a corveta António Enes rumará esta terça-feira para área da Costa Vicentina. Na Base Naval, no Alfeite, estará em prontidão de duas horas a fragata Corte-Real.”