O Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, em visita oficial a Portugal, foi recebido no Palácio de Belém pelo Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa. Os dois Presidentes reuniram a sós e trataram de questões comuns aos dois países, como economia, direitos humanos e a situação no Médio Oriente.
Depois da reunião, os Presidentes fizeram uma de declaração aos jornalistas, tendo Marcelo Rebelo de Sousa começado por lembrar que esta visita do Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, era a primeira dos últimos vinte e quatro anos, o que “é um sinal de alegria para Portugal e que significa uma reaproximação positiva para os dois países”.
Em segundo lugar, o Presidente da República agradeceu ao Presidente do Egito “o apoio dado à candidatura do Senhor Engenheiro António Guterres na eleição para Secretário-Geral das Nações Unidas” dado que “foi um apoio importante, num momento importante do Mundo, e chave para aquela Organização”.
Em terceiro lugar, Marcelo Rebelo de Sousa disse: “Na troca de impressões que tivemos tratamos abertamente da questão do desafio que se coloca hoje a todas as sociedades em termos de equilíbrio financeiro, de desenvolvimento económico, justiça social e direitos humanos”.
Um desafio que Marcelo Rebelo de Sousa classificou de difícil e referiu: “Portugal teve já a experiência no passado de acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Sabemos bem o que isso significa, sabemos o que significa promover o desenvolvimento económico e ao mesmo tempo a justiça social, e também enfrentar um desafio de roteiro, de caminho, para a consagração crescente dos direitos humanos”.
“Portugal acompanha atentamente os passos dados em termos de afirmação da vida parlamentar e do respeito da liberdade religiosa numa sociedade multicultural e multirreligiosa como é o Egito, tal como acompanha o percurso no sentido da afirmação dos direitos humanos, neles englobando quer os direitos pessoais, quer os políticos quer os sociais”, afirmou o Presidente da República.
A posição geoestratégica que o Egito ocupa nas ligações entre a Europa, o Médio Oriente e África, e a relação à bacia mediterrânica, foi lembrada pelo Presidente português, referindo que Portugal e o Egito têm “preocupações comuns, como é o caso das migrações e dos refugiados, mas também no que respeita à preocupação de manter abertas portas para um processo de paz no Próximo e no Médio Oriente”.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que “esta visita (do Presidente do Egito a Portugal) pode significar de reforço das relações bilaterais, da colaboração nos mais diversos domínios culturais, económicos, sociais, políticos e estratégicos”.
E no final referiu que aceitou o convite do Presidente do Egito para visitar o país numa data a definir “oportunamente, no momento adequado para concretizar esse passo, que é mais um passo no sentido do reforço da amizade entre dois Povos, duas Nações e também dois Estados”.