O movimento Democracia21 (D21) e o (PPM), que concorrem juntos nas próximas Eleições Legislativas, no dia 6 de outubro, lançaram o desafio às associações de caçadores no país para criar uma frente comum em defesa da caça e do mundo rural.
Para o D21 e PPM “a caç é uma das poucas atividades que suporta muitos espaços rurais e é fundamental na preservação da biodiversidade” e consideram que “as proibições que alguns partidos políticos tentam introduzir na lei portuguesa vão afetar não só o ecossistema como prejudicar os produtores pecuários, criadores de pequenos ruminantes e explorações familiares que sofrem perdas constantes com os ataques de raposas e javalis”.
Estas espécies, raposas e javalis, “não estão em extinção e constituem pragas em várias zonas do país, afetando outras espécies, estas sim em extinção, como o lince, a abetarda ou o coelho-bravo, elementos de grande importância nos ecossistemas ibéricos”.
“Os caçadores e os agricultores são pessoas conscientes da importância que estes predadores têm nos nossos ecossistemas – as suas populações devem ser reguladas e não exterminadas”, indica o PPM e D21, em comunicado.
Ora no entender das duas forças politicas “a indiferença e desconhecimento do mundo rural, dos ecossistemas e de quem os habita, não pode ser uma justificativa válida para a aprovação de leis cegas”, e afirmam: “Não podemos confundir a caça com crimes contra os animais”.
O D21e o PPM indicam que “partilham a mesma visão em termos sociais, económicos e ambientais, um ponto de convergência para a apresentação de propostas fortes nestas áreas” e reformas nos principais sectores, tais como: descida de impostos; defesa do mundo rural, florestas e regiões cinegéticas; um programa para os oceanos e o combate à poluição.
Depois de integrarem a mesma coligação nas últimas Eleições Europeias, o PPM e o D21 conquistaram 1,9% dos votos, e “concordaram estarem reunidas as condições e as prioridades, em termos de programa, para avançarem em conjunto para as Eleições Legislativas”.