De acordo com o INE o crescimento médio anual foi de 1,4%, e em relação ao trimestre anterior, o crescimento da economia foi de 0,6%. Para o Ministério das Finanças (MF) “o aumento da taxa de crescimento do PIB está ancorada na recuperação da procura interna”.
Verificou-se, também o reforço do investimento que é “fundamental para a sustentabilidade do crescimento ao longo de 2017”, e refere o MF, em comunicado, que “a melhoria dos indicadores de confiança dos empresários portugueses durante o ano de 2016 traduz-se agora nas decisões de investimento das empresas.”
Para 2017, o MF indica que as empresas manifestaram no Inquérito de Conjuntura ao Investimento um “aumento das intenções de investimento”, pelo que se antevê “a manutenção desta tendência” de crescimento.
O MF destaca ainda que “ao longo do último trimestre o crescimento homólogo de 8,1% da importação de máquinas e outros bens de capital”, o que é considerado um indicador de confiança na economia.
A verificar-se a estimativa do INE de crescimento do PIB, em 2016, de 1,4%, o valor irá superar a previsão de 1,3%, da Comissão Europeia, divulgada em 13 fevereiro. Para o MF os dados do INE “confirmam a solidez e o rigor das estimativas subjacentes ao Orçamento do Estado de 2017, reforçando a convicção do Governo nos pressupostos orçamentais e no crescimento em 2017”.
Portugal é um dos países que mais cresce no atual contexto europeu.
O emprego registou no quarto trimestre um aumento de 1,8%, o que poderá ser considerado que houve a “criação de cerca de 82 mil empregos adicionais ao longo do ano de 2016”, e este aumento do emprego “traduziu-se numa redução significativa do desemprego que caiu 14,3%, correspondendo a uma redução de 90 mil desempregados face ao final de 2015”.
“O aumento do emprego assalariado foi de 2,7%, correspondendo a cerca de 100 mil novos trabalhadores, dos quais 80 mil contratados sem termo e cerca de 20 mil contratos a prazo”, e ao nível de qualificações verificou-se “uma elevada prevalência de trabalhadores com formação superior. Cerca de 82 mil dos novos trabalhadores têm formação universitária.”
Para o MF “a criação de emprego de qualidade é o melhor indicador de que o crescimento da economia portuguesa é um crescimento inclusivo e criador de valor, sustentando o crescimento dos salários que em 2016, de acordo com os dados da Segurança Social, se situará, em média, acima de 2%.”