O Painel da Inovação 2019 (European Innovation Scoreboard 2019, em inglês) publicado, este mês, pela Comissão Europeia, situa Portugal abaixo da média da União Europeia, como país Inovador Moderado, mas muito perto para passar para o grupo dos países Inovadores Fortes.
A posição de Portugal neste Painel da Inovação mostra o esforço do país no apoio às diversas unidades que definem a capacidade Científica e Tecnológica Nacional. Dados publicados pela Direção Geral de Estatísticas de Educação e Ciência, indicam que a despesa total em I&D em Portugal atingiu os 2.753 milhões de euros em 2018, o que representou 1,4% do PIB.
A despesa total em I&D, em Portugal, cresceu 35% desde 2015, num total de 519 milhões de euros, sendo particularmente expressiva no sector das empresas, tendo atingido 1.398 milhões de euros em 2018.
Painel Europeu da Inovação 2019: principais resultados
■ Os países da UE dividem-se em quatro grupos: líderes da inovação, grandes inovadores, inovadores moderados e inovadores modestos. A Suécia é a líder da inovação da UE em 2019, seguida da Finlândia, da Dinamarca e dos Países Baixos. O Reino Unido e o Luxemburgo desceram do grupo dos líderes da inovação para o grupo dos grandes inovadores, e a Estónia entrou pela primeira vez no grupo dos grandes inovadores.
■ A UE em matéria de inovação progrediu 8,8 % desde 2011, sendo que desde 2011, o desempenho em inovação melhorou em 25 dos Estados-Membros. Uma melhoria do desempenho teve o maior crescimento na Lituânia, Grécia, Letónia, Malta, Reino Unido, Estónia e nos Países Baixos, e uma diminuição mais acentuada na Roménia e na Eslovénia.
■ A nível mundial, a UE ultrapassou os Estados Unidos, e tem uma liderança considerável em relação ao Brasil, à Índia, à Rússia e à África do Sul. Mas a China, está a crescer três vezes mais rápida do que a UE em matéria de inovação. Também em relação ao Japão e à Coreia do Sul, a UE tem vindo a perder terreno.
■ Os líderes da UE por áreas específicas de inovação são: Dinamarca, em recursos humanos e condições propícias à inovação; Luxemburgo, em sistemas de investigação atrativos; França, em financiamento e apoio; Alemanha, em investimentos das empresas; Portugal, em PME inovadoras; Áustria, em ligações; Malta, em ativos intelectuais; Irlanda, em repercussões no emprego e nas vendas.