Portugal e a República Dominicana estabeleceram, hoje, cinco novos acordos “que darão uma nova face nas relações bilaterais entre os dois países” e incluem: um acordo sobre consultas políticas ao nível das embaixadas; um acordo sobre serviços aéreos; um acordo sobre a área da saúde; acordo sobre a igualdade de género e um acordo sobre a promoção da formação dos diplomatas. Os acordos foram assinados, em Lisboa, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e Ministro das Relações Exteriores da República Dominicana, Miguel Vargas.
No encontro, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, os dois ministros debateram questões regionais ligadas à América Latina e em particular a crise da Venezuela, tendo Augusto Santos Silva reconhecido que a “República Dominicana tem sido um país sempre disponível para apoiar os esforços para uma solução pacífica e democrática da crise da Venezuela.”
Para Miguel Vargas os acordos agora assinados vão relançar as relações diplomáticas entre os dois países “e que a partir de agora vai haver um antes e um depois” nas relações entre os dois Estados. Sobre a crise venezuelana, o Ministro referiu que é do interesse da República Dominicana que a solução para a crise na Venezuela não seja penalizadora para o povo venezuelano, em termos gerais.
Diálogo entre Governo de Maduro e oposição, na Noruega
Augusto Santos Silva referiu ter conhecimento “da realização de contactos exploratórios em Oslo entre representantes do Governo do Presidente Maduro e representantes do Presidente Juan Guaidó e da Assembleia Nacional” e que espera “que esses contactos possam continuar.”
Portugal participa no processo para uma solução para a crise na Venezuela “no quadro do grupo de contacto internacional que reúne a União Europeia, sete países europeus, entre os quais Portugal e quatro países latino americanos”, esclareceu Augusto Santos Silva.
No dia 16 e 17 de maio, uma delegação do grupo de contacto internacional, que incluiu Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, esteve numa missão politica em Carracas, onde pode “falar com todas as partes relevantes na Venezuela quer do lado regime de Maduro quer do lado da Assembleia Nacional, e a todas as partes apresentou o que nos parecem ser caminhos possíveis para um compromisso no qual resulte a realização de eleições presidenciais livres e justas na Venezuela”, referiu Ministro dos Negócios Estrangeiros português.