Portugal e França assinam plano para promover diplomas duplos no ensino superior

Portugal e França assinam plano para promover diplomas duplos no ensino superior
Portugal e França assinam plano para promover diplomas duplos no ensino superior. Foto: Rosa Pinto

Ministros de ciência e ensino superior de Portugal e França assinaram hoje, 28 de fevereiro de 2025, no Porto, durante a visita a Portugal do Presidente de França, Emmanuel Macron, um plano de ação para reforçar a cooperação entre os estabelecimentos de ensino superior e de investigação.

Para os dois países são considerados no plano de ação como setores prioritários “as ciências ambientais e oceanográficas, a saúde e a investigação em matemática pura e aplicada, nomeadamente nos domínios da economia, da transição energética e da inovação.”

No documento, os dois países comprometem-se a incentivar a intensificação dos intercâmbios no domínio da cooperação científica e universitária, nomeadamente:

Aumentar a mobilidade dos estudantes e do pessoal académico, em especial incentivar a introdução de “diplomas duplos”, e estudar a possibilidade do “reconhecimento do processo de Bolonha para os estudantes portugueses e franceses” que pretendam ser admitidos nos estabelecimentos de ensino superior de ambos os países.

O desenvolvimento de diplomas conjuntos entre estabelecimentos de ensino superior dos dois países, para aumentar a mobilidade dos estudantes e dos professores, promovendo “a via franco-portuguesa para os estudantes”.

Ainda quando os cursos se revelarem complementares, é indicada “a celebração de uma convenção no âmbito do programa Erasmus+” que poderá constituir um primeiro passo na cooperação entre instituições e favorecer a mobilidade de entrada e de saída. Nos casos em que tais convenções já existam e funcionem de forma satisfatória, a possibilidade de “diplomas conjuntos” será encorajada, nomeadamente através do recurso a regimes bilaterais de apoio à mobilidade.

Os dois países comprometem-se a apoiar “as iniciativas das alianças universitárias europeias, nomeadamente no que diz respeito à criação de campus virtuais, à organização de seminários de investigação e à co-diplomação.”

No âmbito da mobilidade das comunidades científicas os dois países consideram o apoio “à criação de bolsas cofinanciadas em parceria com organismos de financiamento da investigação, universidades e empresas francesas e portuguesas.”