Cem países costeiros, incluindo todos os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, vão poder realizar o máximo potencial das suas economias azuis através de projetos sustentáveis, de baixa emissão e ação oceânica resiliente ao clima até 2030, para isso vão ter o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O anúncio da ação do PNUD, “Ocean Promise”, foi feito durante a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em Lisboa, e tem particular relevância quando o apoio ao desenvolvimento para a economia oceânica foi nos últimos dez anos, em média, de apenas 1,3 mil milhão de dólares por ano, e a escala de investimento público e privado para restauração e proteção dos oceanos permanece inadequada.
Este assumir de ação pelo PNUD parte de que cada cêntimo investido para alcançar o Acordo de Paris é um cêntimo investido na saúde dos oceanos, que é a base da economia azul sustentável. O compromisso do PNUD descreve ações em setores-chave para acelerar o crescimento económico, criar empregos e meios de subsistência, melhorar a segurança alimentar, reduzir a pobreza e a desigualdade e promover a igualdade de género.
Usha Rao-Monari, Subsecretário-Geral e Administrador Associado do PNUD, referiu: “A “Ocean Promise” é nossa visão de economia azul que enfatiza a restauração de quase um bilião de dólares em perdas socioeconómicas anuais devido à má gestão dos oceanos. A promessa também é ajudar os países a explorar setores oceânicos novos e emergentes para aumentar as oportunidades socioeconómicas relacionadas ao oceano”.
O responsável do PNUD acrescentou: “O oceano é um amortecedor vital contra os impactos das mudanças climáticas”, pelo que “salvar o nosso oceano significa proteger o nosso futuro”. Dado que num cenário de uso, como até agora, de combustível fóssil, muitas espécies e ecossistemas oceânicos, a segurança alimentar e os meios de subsistência de milhares de milhões de pessoas enfrentam ameaças sérias à sua existência.