Uma empresa suíça colocou no mercado uma box multimédia que possibilitou a distribuição de mais de 82 mil filmes e séries de TV, todos protegidos por direitos autorais. Para a distribuição do conteúdo multimédia a empresa usou um site dedicado para o efeito e anunciou os seus serviços ilegais nas redes sociais. Através de uma aplicação ilegal os detentores das boxes acediam aos conteúdos de multimédia.
Dados da investigação, divulgados pela Europol, foram vendidas cerca de 20 000 caixas, e os pagamentos efetuados através de portais e sistemas de pagamento regulares. A venda e distribuição destas caixas gerou um volume de negócios de cerca de 1,9 milhões de euros. A empresa também teve participação ativa na gestão dos servidores de streaming que veiculavam o conteúdo.
A investigação das autoridades foi desencadeada por queixas apresentadas às autoridades suíças contra a empresa suíça.
Desde 2019, a Europol apoiou a investigação com coordenação e análise operacional. No dia da operação a Europol implantou dois escritórios móveis virtuais de apoio. Isto permitiu aos peritos da Europol verificar as informações operacionais em tempo real e prestar apoio aos investigadores no terreno. Os peritos da Europol também se juntaram ao centro de coordenação organizado pela Eurojust.
Na ação a Europol apoiou a aplicação da lei da França, Alemanha, Mónaco, Holanda e Suíça para derrubar o grupo de crime organizado envolvido em crime de propriedade intelectual.
Na operação a polícia apreendeu onze servidores na França, Alemanha, Holanda e Suíça. A polícia realizou nove buscas domiciliares em todos os países envolvidos e prendeu três suspeitos e oito contas bancárias na Suíça.
A polícia suíça bloqueou o site, que distribuía ilegalmente os conteúdos a multimédia. A Europol também preparou a página inicial que aparece no site após a apreensão do domínio. Uma ação apoiada pela Europol através do centro de coordenação organizado pela Eurojust.