Plataforma “Banco de Talentos da UE” para facilitar recrutamento internacional

Plataforma “Banco de Talentos da UE” para facilitar recrutamento internacional
Plataforma “Banco de Talentos da UE” para facilitar recrutamento internacional. Foto: Rosa Pinto

Os eurodeputados da Comissão das Liberdades Civis do Parlamento Europeu apoiaram, hoje, 19 de março de 2025, a criação de um Banco de Talentos da União Europeia (UE), concebido para facilitar o recrutamento de cidadãos não pertencentes à UE para empregos em setores onde há escassez, através de uma plataforma digital dedicada que combina vagas na UE com candidatos a emprego que vivam no estrangeiro.

Processo de recrutamento

Os eurodeputados adotaram emendas à proposta da Comissão Europeia para garantir a aplicação de padrões justos de recrutamento, nos termos dos princípios gerais da Organização Internacional do Trabalho. Também foi considerado que a plataforma seja aberta a candidatos a emprego “de todas as habilidades e níveis de qualificação”. A plataforma não deverá levar práticas discriminatórias, sendo gratuita para candidatos a emprego registados.

Informação sobre empregadores e candidatos a emprego

Os empregadores participantes na plataforma devem fornecer detalhes, incluindo: a pessoa responsável pelo recrutamento, o número de registo da empresa e uma breve descrição das suas operações, exigem os eurodeputados.

As vagas indicadas pelos empregadores devem incluir na plataforma uma descrição do cargo, o local de trabalho, o horário de trabalho, a remuneração e as férias remuneradas. Os eurodeputados também querem ver mais informações nos perfis dos candidatos a emprego, como o país preferido na UE e quando eles estão disponíveis, oferecer a possibilidade de certificarem as habilidades dentro das Parcerias de Talentos da UE ou por meio de acordos bilaterais ou nacionais.

Campanhas de comunicação direcionadas

A Comissão Europeia deve promover o Banco de Talentos da UE através de campanhas de conscientização, tanto online como offline, orientando-as especialmente as Pequenas e Médias Empresas (PME). Os eurodeputados também sugerem que as delegações da UE em países terceiros devem fazer o mesmo para potenciais candidatos a emprego.

A UE está ficando para trás dos seus concorrentes, em parte devido à escassez de mão-de-obra na economia. A migração de mão-de-obra é uma maneira de lidar com essa escassez e fortalecer a competitividade. O Banco de Talentos da UE é um passo na direção certa, conectando as necessidades dos empregadores com trabalhadores de fora da UE”, afirmou o eurodeputado relator Abir Al-Sahlani.

O Banco de Talentos da UE, também, é uma ferramenta para criar caminhos mais seguros e legais para a UE. O resultado será uma plataforma de Banco de Talentos da UE que seja amigável para todos, com verificações necessárias sobre os candidatos a emprego e medidas para garantir salvaguardas mínimas contra a exploração”, concluiu o eurodeputado.