A Jornada Mundial da Juventude que se realiza de 1 a 6 de agosto de 2023, em Lisboa, Loures e Oeiras, e onde são esperados mais de 1 milhão de participantes oriundos de todo o mundo, levou ao desenvolvimento de um plano de mobilidade, que já foi apresentado pelo Governo.
Para o delinear do plano de mobilidade os responsáveis consideraram as localizações de alojamento dos participantes inscritos em que 18% na cidade de Lisboa e 45% na zona norte da Área Metropolitana de Lisboa. Região de Setúbal poderá receber 15% e a região de Santarém 12%.
A organização considera que a mobilidade pedonal será privilegiada no interior de Lisboa bem como o transporte público regular. Também o transporte público será o mais usado nas deslocações de fora para a cidade de Lisboa, complementado com autocarros de aluguer.
Todos os operadores públicos reforçam oferta de transporte
No entanto, a organização estima-se que cerca de 20% dos peregrinos utilizarão transporte individual para se deslocar aos eventos.
A mobilidade também está ligada à segurança e para minimizar perturbações o plano de mobilidade considera o encerramento das seguintes estações por operador:
- Metropolitano de Lisboa – Dias 1, 3 e 4 agosto encerram as estações: Avenida, Marquês de Pombal, Parque e Restauradores.
- CP – Dias 5 e 6 de agosto encerram as estações: Moscavide, Sacavém, Bobadela e Santa Iria
- Carris Metropolitana – Dias 1 a 6 de agosto é feita a relocalização do terminal do Marquês de Pombal
Carris reorganização a oferta
- Serão suprimidas ou terão alteração de percurso as linhas que servem as zonas delimitadas pelos perímetros de segurança e as que circulam em zonas de arruamentos muito estreitos, com elevado risco de segurança, devido ao maior fluxo de pessoas nas ruas da cidade;
- Os ascensores da Bica, Glória e Lavra param nos dias 1 e 3 a 6 de agosto;
- O elevador de Santa Justa mantém-se em funcionamento.
Transporte de Voluntários
O transporte de voluntários da JMJ será garantido através da rede regular de transporte público e shuttles rodoviários, escoltados pelas forças de segurança (batedores), envolvendo dezenas de autocarros da Carris e da Carris Metropolitana.
Estacionamento de autocarros
De acordo com a organização o número de autocarros de serviço regular envolvidos deverá ser cerca de 4.000 o que leva a uma necessidade de estacionamento considerável.
Os locais de estacionamentos já definidos e em preparação são: na Alta de lisboa com 4 lotes para um total de 840 lugares, na Zona Norte ao Campo da Graça com capacidade para 1.000 lugares, em Algés para 300 lugares e em 5 eixos viários na zona oriental da cidade com capacidade para 1950 autocarros.
A organização revelou ainda que foram identificados mais 14 locais que podem acomodar mais cerca de 1900 lugares, num total de cerca de 6.000 lugares que poderão ser ampliados até 7.200 para um cenário de contingência que possa vir a ocorrer, recorrendo a locais fora da cidade.
Para a gestão do estacionamento é desenvolvida uma Plataforma de Registo de Autocarros, acessível a veículos nacionais e estrangeiros.
Assim, cada autocarro registado terá um lugar num dos diversos parques de estacionamento identificados e receberá informação de localização do local e de identificação a colocar no vidro da frente.
Estacionamento veículos ligeiros
Como se prevê que uma percentagem de 20% do total dos peregrinos se desloque em viatura individual, poderá haver 60.000 veículos ligeiros envolvidos.
No entanto a cidade de Lisboa tem uma boa oferta de estacionamento na via pública, complementada por vários parques:
- 200.000 lugares na via pública;
- 85 parques com uma oferta de cerca de 32.000 lugares para veículos ligeiros.
Os veículos ligeiros individuais podem ser também encaminhados para alguns locais de estacionamento com capacidade, para 5.400 lugares, nomeadamente:
- Jamor – 3.000 lugares;
- Loures – 2.000 lugares;
- Parque das Nações – 400 lugares.