
O Conselho Europeu de Inovação anunciou os resultados da ronda de financiamento de outubro de 2024, do programa Accelerator, e entre as empresas vencedoras está a portuguesa PfxBiotech, do Porto, que conseguiu um financiamento de 9,5 milhões de euros.
Ao programa Accelerator candidataram 1211 empresas, entre as quais 16 portuguesas, tendo 71 empresas recebido apoio num total de 387 milhões de euros.
A PfxBiotech, empresa fundada em 2022 e baseada na UPTEC, no Porto, conseguiu financiamento para escalar a produção de proteínas de leite humano através de fermentação de precisão, a começar pela lactoferrina. Esta proteína tem propriedades bioactivas e multifuncionais com aplicações na área infantil, eliminando o risco de alergias e na área da nutrição avançada para populações com necessidades nutricionais especificas, como séniores e desportistas. A tecnologia desenvolvida permite não só a produção de proteínas de leite humano, mas igualmente de outras moléculas funcionais (no futuro) e contribuindo para superar desafios como o da sustentabilidade na produção alimentar e o bem-estar animal.
Desde que arrancou, em março de 2021, 16 empresas deep tech nacionais tiveram financiamento aprovado no Conselho Europeu de Inovação, contabilizando cerca de 91,5 milhões de euros no programa Accelerator, que é o principal instrumento da iniciativa integrada no Pilar III do Horizonte Europa.
Agência Nacional de Inovação (ANI) refere que o programa Accelerator apoia startups e PME com tecnologias disruptivas a desenvolverem os seus negócios à escala global, através da oferta de financiamento a fundo perdido até 2,5 milhões de euros, combinado com investimentos de capital próprio até 10 milhões de euros vindo do Fundo do Conselho Europeu de Inovação.
Além do apoio financeiro, todos as empresas beneficiam de serviços de aceleração de negócios que proporcionam acesso a oportunidades de investimento e crescimento a nível mundial.
As empresas têm vindo a ser apoiadas pela ANI, no acesso a financiamento, através da rede dos Pontos de Contacto Nacional ao Horizonte Europa e pela Enterprise Europe Network. A participação nacional no Conselho Europeu de Inovação é acompanhada pela ANI.
“O desempenho de Portugal no programa Accelerator representa uma oportunidade para impulsionar negócios deep tech de origem nacional, fomentar a atração e retenção de talento e ampliar a visibilidade das PME tecnológicas e do ecossistema nacional em mercados internacionais mais competitivos. A ANI tem vindo a reforçar o seu papel na promoção da participação nacional no EIC, particularmente no Accelerator, garantindo um compromisso contínuo no apoio às empresas com tecnologias inovadoras e disruptivas,” afirmou António Grilo, presidente da Agência Nacional de Inovação, citado em comunicado da Agência.