A Pfizer e a BioNTech SE anunciaram hoje que os dados da fase III dos testes da sua vacina COVID-19 apontam para 90% de eficácia. Uma percentagem que excede as expectativas mais otimistas para uma vacina.
Os professores da Universidade Cornell, EUA, Douglas Kriner e Sarah Kreps, publicaram recentemente um estudo na JAMA Network Open onde demostravam que se uma vacina COVID-19 fosse tão eficaz como a vacina contra a gripe, a adesão pelo público americano podia ficar muito aquém do necessário para alcançar a designada imunidade de grupo.
Douglas Kriner referiu: “se forem confirmados por dados adicionais, a nossa pesquisa mostra que esses níveis de eficácia desempenham um papel fundamental para convencer um público cético a tomar a vacina”.
“O nosso estudo foi projetado especificamente para determinar a influência da eficácia da vacina – e outras características, incluindo a prevalência de efeitos colaterais maiores e menores, duração da proteção e fatores políticos – sobre a disposição dos americanos de tomar a vacina COVID-19”, acrescentou Douglas Kriner.
Sarah Kreps referiu: “Encontramos considerável relutância do público em tomar uma vacina que era apenas 50% eficaz – o limite mínimo de eficácia para que a FDA a poder aprovar”.
“No entanto, se a vacina fosse 90% eficaz, aumentaria significativamente a disposição dos americanos em se vacinar em mais de 10%, o que é fundamental para garantir aceitação pública suficiente e para ajudar os EUA a se aproximarem da imunidade coletiva. As nossas descobertas sugerem que a política também fará diferença – mesmo num ambiente pós-eleitoral. Mas uma vacina altamente eficaz, excedendo a maioria das estimativas anteriores, pode mudar a atitude do público”, indicou Sarah Kreps.