A maioria dos pesticidas neonicotinóides representa risco para as abelhas e abelhas silvestres, indica estudo publicado Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, sigla do inglês). O estudo atualizou as avaliações de risco de três neonicotinóides: clotianidina, imidaclopride e tiametoxame, que estão atualmente sujeitos a restrições na União Europeia (UE) devido à ameaça que representam para as abelhas.
Os representantes dos Estados-Membros num Comité Permanente apoiaram hoje, 27 de abril, uma proposta da Comissão Europeia para limitar ainda mais a utilização das três substâncias ativas: imidaclopride, clotianidina e o tiametoxame.
A proteção das abelhas é importante dado que são fundamentais para a biodiversidade, a produção alimentar e o ambiente. Por iniciativa do Presidente Juncker, para quem esta é uma prioridade, o Colégio debateu a questão, em 29 de março de 2017. As restrições hoje acordadas vão além das medidas já em vigor desde 2013.
Para as novas avaliações, que abrangem abelhas silvestres – abelhões e abelhas solitárias – e abelhas, a Unidade de Pesticidas da EFSA realizou um extensa recolha dados, incluindo uma revisão sistemática da literatura, o que permitiu reunir todas as evidências científicas publicadas desde as avaliações anteriores.
O estudo avaliou, como tinha feito nas versões anteriores, a exposição das abelhas às substâncias através de três vias: resíduos no pólen de abelha e no néctar; desvio de poeira durante a sementeira ou aplicação das sementes tratadas; e consumo de água.
José Tarazona, chefe da Unidade de Pesticidas da EFSA, referiu, citado pela Autoridade Europeia, que “a disponibilidade de uma quantidade muito substancial de dados, permitiu produzir conclusões muito detalhadas”, e permitiu concluir que “devido a fatores como as espécies de abelhas, o uso do pesticida e a rota de exposição, foram identificados em alguns casos baixos riscos, mas no geral o risco para os três tipos de abelhas que avaliamos está confirmado.”