Nos laboratórios do Instituto de Medicina Molecular da Finlândia (FIMM, na sigla em inglês), o teste de fármacos é feito em ‘ex vivo’. Isto é, vários fármacos de leucemia são testados em amostras de pacientes em vez de serem diretamente nos próprios pacientes. Isso permite que os investigadores possam testar diferentes combinações de fármacos de forma eficiente e sem sobrecarga do paciente.
Jing Tang, um dos investigador a trabalhar na FIMM, quer integrar a triagem de fármacos e os dados de perfil genómico, a fim de encontrar opções de tratamento personalizado para a leucemia. Dado que, esclarece o investigador, “com base no histórico genético do paciente, saberíamos qual poderia ser a melhor combinação de fármacos”.
Jing Tang e uma equipa interdisciplinar de investigadores em medicina, biologia e informática da Universidade de Helsínquia e da Universidade de Turku foram selecionados para as semifinais num concurso de ideias, organizado pela Universidade de Helsínquia e por várias universidades parceiras finlandesas, sobre soluções para combater a leucemia.
“Vamos desenvolver uma série de métodos computacionais para combinar previsão de fármacos, modelagem e análise de dados. Estes métodos irão oferecer uma melhor eficiência e eficácia na identificação combinatória de tratamentos para uma medicina personalizada”, referiu Jing Tang.
O método poderá no futuro vir a ser aplicado no tratamento personalizado de outros tipos de cancro e de outras doenças. Um tratamento que consiste dar ao paciente o fármaco certo no momento certo.