Os podologistas devem ser integrados na rede dos cuidados de saúde primários para combater os riscos associados ao pé diabético. O alerta é da Associação Portuguesa de Podologia (APP) feita durante a 7ª Reunião Magna de Podologia.
“Atualmente existem 12 hospitais públicos com consultas de Podologia na resposta aos doentes com pé diabético. Para continuar a reduzir as taxas de amputação dos pés diabéticos são necessárias consultas de podologia nos cuidados de saúde primários”, afirmou Manuel Portela, presidente da APP.
O pé diabético, resultado da diabetes, é uma das principais preocupações dos podologistas, sendo “a principal causa de amputação da extremidade inferior, mais do que uma complicação da diabetes, deve ser considerado como uma condição clínica complexa, que pode acometer os pés e/ou tornozelos de indivíduos diabéticos”, referiu o podologista.
Manuel Portela acrescentou que o pé diabético “pode reunir perda da sensibilidade dos pés, a presença de feridas complexas, deformidades, limitação de movimento articular, entre outras”. Quando estas feridas não são devidamente tratadas poderão originar amputações. De forma a evitar estas complicações, é aconselhável ter-se um acompanhamento podológico periódico e correto.
Segundo dados epidemiológicos o pé diabético é a principal causa de internamento da pessoa com diabetes. Estima-se que mundialmente, ocorram “duas amputações por minuto à custa do pé diabético sendo que 85 por cento destas são precedidas por úlceras”.