Os novos partidos, que fogem ao sistema, têm dificuldade em permanecer na paisagem politica, em Portugal, como demonstram vários exemplos desde o 25 de Abril, mas lembrou Paulo Sande é preciso ter a capacidade de mudar. Há o risco de um partido novo ser radical, pois há medo e expectativas goradas, um medo ancestral, visto a natureza humana ser habitualmente fechada, teceu o candidato às europeias pelo Partido Aliança, no Clube dos Pensadores, no Porto.
Paulo Sande define-se como europeísta mas afirma ter orgulho em ser português. O agora cabeça-de-lista às europeias pelo Aliança possui já uma larga experiência em assuntos europeus depois de ter trabalhado 27 anos nas instâncias da União Europeia, e como referiu considera que participou no maior e mais aliciante projeto político.
O candidato a deputado ao parlamento europeu referiu que pela Europa sentiu o olhar de outros europeus que se interrogavam como um país tão pobre e pequeno, conseguiu fazer tanto com o seu Ultramar, e considera que todos são políticos, pois todos têm o dever de cuidar da polis da sua cidade.
Os tempos presentes mostram trazer muitos desafios para superar as ideologias de extrema-esquerda e de extrema-direita, e o equilíbrio pode estar ameaçado com este radicalismo.
Atualmente há temas em debate na União Europeia que Joaquim Jorge do Clube dos Pensadores colocou a Paulo Sande, um dos temas envolveu a questão sobre o exército europeu e consequente menor dependência dos EUA. Uma questão com resposta pronta: “Não sou favor de um exército europeu, pois não há dinheiro para tal, é algo irrealista”.
Sobre a questão de haver um novo controlo das fronteiras dos países europeus e se isso pode ajudar a evitar refugiados e controlar o terrorismo, Paulo Sande considera que “não se podem fechar fronteiras”, dado o vínculo “às convenções de Genebra”.
Sobre o atual modelo de legislativo da União Europeia, Paulo Sande considera que se devolva ao Parlamento Português o debate público antes das leis serem aprovadas na UE, para que os portugueses possam tomar conhecimento destas antes da votação final na UE.
Às diversas questões Paulo Sande deu resposta e sobre o Brexit referiu que resulta da estupidez dos políticos e que a crise na Venezuela pode ter consequências sobre um novo êxodo de portugueses retornados da Venezuela, e alertou para a diferença entre imigrantes e refugiados.