Arranca obra de requalificação dos pavimentos e do sistema de drenagem do Parque Eduardo VII, em Lisboa. A obra, num investimento global de mais de 2 milhões de euros, tem a duração prevista de 12 meses, mas com uma programação que permite a realização da Feira do Livro.
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) indica que a obra enquadra-se no Plano Geral de Drenagem de Lisboa de 2016 a 2030, no que respeita à execução de soluções de controlo na origem, ou baseadas na natureza, somando assim às já executadas bacias de retenção integradas nos Parques Urbanos do Vale da Ameixoeira e do Alto da Ajuda e às microbacias dos Parques da Quinta da Granja, Campo Grande, Vale Fundão, Bela-Flôr e do futuro Parque Verde da Feira Popular.
Para a CML estas soluções potenciam a retenção e a infiltração de águas pluviais, com mais-valias em termos de recarga de aquíferos, de redução de risco de inundações e de diminuição de encargos com infraestruturas pesadas.
Trata-se de um projeto que “reforça os compromissos de Lisboa para a gestão sustentável da água anunciados durante a Capital Verde Europeia 2020”.
O Parque Eduardo VII apresenta um sistema de drenagem de águas residuais envelhecido, unitário e uma rede de pavimentos degradados, resultado de décadas de desgaste. A intervenção tem o parecer favorável da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), prevê a reabilitação dos pavimentos, bem como a colocação de novos coletores, para promover a separação das águas pluviais, das águas residuais domésticas e a adoção de soluções que podem minimizar o escoamento de superfície, acautelando-se que todo o arvoredo existente seja protegido.
A CML indica que também está a preparar os necessários procedimentos para o arranjo dos elementos de água – Lago do Pau e Lago da Estufa Fria.
O Parque Eduardo VII, considerado um parque icónico da cidade de Lisboa, aguardava já a algum tempo por esta intervenção estrutural depois de nos últimos anos ter beneficiado de um conjunto de investimentos, que permitiram a recuperação de património (Estufa Fria, Pavilhão Carlos Lopes e Lago do Roseiral), e a otimização da sua gestão que incluiu a instalação de um sistema de rega automatizado e centralizado que gerou poupanças de água superiores a 40% e com a renovação continuada e sistemática do coberto vegetal.