O partido PAN – Pessoas-Animais-Natureza manifestou repúdio pelo “infeliz acontecimento protagonizado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) ao entregar os nomes e as moradas de três manifestantes à embaixada russa em Lisboa e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia”.
Em face das notícias vinda o público que confirmam a entrega dos dados às autoridades russas, o “PAN exige que sejam apuradas e assumidas responsabilidades políticas e defende que Fernando Medina deve prestar esclarecimentos à Assembleia Municipal de Lisboa”.
Inês de Sousa Real, Porta-voz do PAN e deputada municipal em Lisboa, refere: “Este episódio lamentável não pode passar em branco como tem acontecido sucessivamente em Portugal, e em Lisboa, perante graves falhas de governabilidade”.
“A Câmara Municipal não pode partilhar informação sensível, não tendo competência ou autorização para tal. O país exige que os seus políticos e governantes assumam responsabilidades de uma vez por todas e este é um caso no qual é imperativo que isso aconteça”, acrescentou a deputada municipal em Lisboa.
O PAN considera que Fernando Medina deve prestar esclarecimentos à Assembleia Municipal de Lisboa, enquanto órgão fiscalizador da Câmara Municipal, e aí responder “às questões que ficaram por esclarecer, nomeadamente se este era um “protocolo habitual”, conforme afirmou Fernando Medina, então em que outras ocasiões tal aconteceu e quantas pessoas viram os seus direitos violados e podem correr risco”.
Para Inês de Sousa Real “não é admissível que Portugal, que deveria estar na linha da frente da defesa dos direitos humanos, exponha ativistas que se opõem a regimes, sejam eles de que país forem. É fundamental perceber a dimensão do problema e de imediato tomar medidas para o resolver e, acima de tudo, proteger estas pessoas”.
A deputada municipal acrescenta: “Estando Lisboa claramente num fim de ciclo governativo marcado por erros sucessivos que têm lesado a cidade, é fundamental que nas próximas eleições estes atropelos, designadamente aos direitos humanos, sejam consequentes e que a cidade mostre um cartão vermelho a Fernando Medina e ao seu executivo”.