Na Cisjordânia a situação de vida dos habitantes palestinianos continua a degradar-se, como nos vem sendo relatado pelo Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários para os Territórios Palestinianos Ocupados.
Nos relatos é indicado que entre 24 e 30 de dezembro de 2024, onze palestinos, incluindo duas mulheres e duas crianças, foram mortos por forças israelitas. Dez das fatalidades ocorreram em 48 horas entre 24 e 25 de dezembro no norte da Cisjordânia, com oito mortos por ataques aéreos por forças israelitas.
No campo de refugiados de Jenin já foram mortos onze palestinianos, incluindo duas crianças, uma mulher e cinco membros das forças palestinianas, desde 5 de dezembro. O campo de Jenin está, nos últimos 26 dias, sem acesso a serviços básicos, como água, saúde e educação.
Pelo menos 21 famílias palestinianas, no total 94 pessoas, continuam deslocadas após uma operação de dois dias das forças israelitas nos campos de refugiados de Tulkarm e Nur Shams, que resultou em danos a cerca de 1.050 edifícios habitacionais.
O ano de 2024 registou os maiores números perdas para os palestinianos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental em quase duas décadas desde que o Gabinete das Nações Unidas começou a documentar os incidentes. Números em que destacam aproximadamente 4.250 palestinianos deslocados, 1.760 estruturas destruídas e cerca de 1.400 incidentes envolvendo colonos israelitas.
Desde 7 de outubro de 2023, as forças israelitas têm intensificado as restrições de movimento na área controlada por Israel da cidade de Hebron, que incluiu a instalação de uma recente barreira de arame farpado num dos bairros. Uma barreira que interrompeu ainda mais o acesso a meios de subsistência, serviços essenciais e educação para milhares de palestinianos.