Os chefes de Governo de Portugal, Espanha, Grécia, Malta, Itália e Chipre e o chefe de Estado da França reuniram em Lisboa. No final da reunião indicaram estarem prontos para começar as negociações com o Reino Unido sobre as futuras relações com a União Europeia no seguimento da decisão do ‘Bréxit’.
Sobre o processo de Chipre referem na declaração final que apoiam o processo de reunificação de Chipre, indicando que a República de Chipre é e deverá permanecer membro da União Europeia dado que é a melhor salvaguarda para a reunificação.
Os sete países consideram urgente a promoção do investimento, crescimento, emprego e com especial foco o emprego dos jovens. Propõem a implementação de estratégias de mercado únicas, em particular um mercado digital único, a união energética a união dos mercados de capitais.
Sobre a União Monetária consideram que a divergência económica e as assimetrias foram agravadas pela crise na zona euro. A união bancária deverá ser completada até meados de 2017 e deve ser garantido um adequado nível de investimento público e privado e deve constituir a principal prioridade uma maior convergência nos domínios social e fiscal.
Para os setes países deve ser complementada a ação do Banco Central Europeu com uma política fiscal que permita a combinação de políticas adequadas para assegurar uma sã consolidação orçamental, apoiando simultaneamente o investimento para reforçar a recuperação económica, e para isso propõem que avance a integração fiscal através de uma política europeia na zona euro.
O reforço e a extensão do fundo europeu para investimentos estratégicos é apoiado mas é considerada a necessidade de se ir mais longe na abordagem dos investimentos existentes em muitas regiões e Estados-Membros.
A promoção de projetos de investimento nos Estados-Membros com elevado desemprego e de projetos transfronteiriços de interesse comum que promovam a inovação e a integração do mercado deve ser considerada uma prioridade.
Os sete países do sul da Europa consideram que um aumento do investimento público e privado pode reforçar a recuperação económica, criar novos e melhores empregos, reforçar o impacto das reformas estruturais.
Reações de protecionismo não são uma resposta correta para o desenvolvimento, mas pelo contrário deve ser desenvolvida uma política comercial sólida baseada num intercâmbio comercial justo.