A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) promove Cerimónia Comemorativa dos 40 Anos da Área Arqueológica do Freixo e dos 30 Anos da Escola Profissional de Arqueologia, dia 23 março 2020. A cerimónia presidida pela Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, e pelo Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, decorre no Auditório da Área Arqueológica.
A Cerimónia Comemorativa inclui para além da Sessão Solene, a inauguração da Exposição 40/30 da Área Arqueológica do Freixo e da Escola Profissional de Arqueologia, uma visita à Exposição Pedagógica Tongobriga 2.0, e a apresentação do projeto desenho técnico/artístico, uma parceria da Escola Profissional de Arqueologia com a Escola Secundária de Paços de Ferreira, no âmbito do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular.
A Tongobriga
A revelação de Tongobriga, para a arqueologia e para a população em geral, ocorreu a partir de 1980, com o projeto de investigação desenvolvido pelo arqueólogo Lino Tavares Dias e a sua equipa, que aí desenvolveu, durante mais de 30 anos, um trabalho que permitiu identificar e valorizar um significativo conjunto de ruínas, atribuíveis à época romana.
Tongobriga e a aldeia histórica de Santa Maria do Freixo dispõem, hoje, de um serviço permanente de investigação arqueológica e de atendimento ao público, incluindo um restaurante/cafetaria, um auditório e o centro interpretativo, com uma exposição temática intitulada “Mudar de Vida”, designação que pretende realçar as mudanças que, a partir do século I d.C, a integração no império provocou na vida dos habitantes do noroeste peninsular.
A investigação aí realizada desde 1980, permitiu a afirmação de Tongobriga romana no panorama científico português e internacional, afirmação essa que foi essencialmente baseada no conhecimento do seu urbanismo, entendido no contexto da respetiva promoção a capital de civitas.
A Escola Profissional de Arqueologia
Criada em 1990, a Escola Profissional de Arqueologia, escola pública de âmbito nacional, promovida pelos Ministérios da Cultura e da Educação, procurando responder à necessidade de formação especializada de técnicos intermédios, para intervir em Património classificado.
O sítio escolhido para instalar esta escola profissional foi a Área Arqueológica de Freixo, espaço de cerca de 50 hectares, classificado como Monumento Nacional em 1986, como consequência das descobertas ali feitas desde 1980, pelo arqueólogo Lino Tavares Dias.
O primeiro curso a avançar foi o de Assistente de Arqueólogo, seguindo-se o Curso de Técnico de Museografia e Divulgação do Património e o de Assistente de Conservação e Restauro. Mais recentemente, a Escola apostou no curso de Técnico de Recuperação do Património Edificado, em resposta às necessidades identificadas no mercado.
Desta forma, a escola prepara técnicos intermédios com formação global e específica para integrar equipas que trabalhem nas vertentes de investigação, conservação e divulgação do Património.