O Secretário-geral do Sistema de Segurança Interno (SSI), Paulo Vizeu Pinheiro, sobre o balanço da operação de segurança da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, que teve a presença do Papa Francisco durante 5 dias e que reuniu no evento do dia 6 de agosto no Parque Tejo / Trancão mais de um milão e meio de pessoas, referiu que se tratou da “maior operação de segurança alguma vez realizada em Portugal”.
Números da operação
Paulo Pinheiro referiu, esta manhã, aos jornalistas, que a operação teve início em 22 de julho depois de um planeamento ao longo de um ano. Agora, com manifesta satisfação afirmou: “A operação se segurança JMJ decorreu de forma exemplar” e “para isso contribuíram cerca de 16 mil operacionais que garantiram a máxima segurança com o mínimo transtorno possível”.
Sobre os números da operação o responsável do SSI divulgou que foram controlados 6.891 voos, 20.117 viaturas, 1.929 embarcações, 1.362.272 pessoas, e foram revistas 1.650.000 pessoas. O INEM assistiu 4.312 pessoas. Foi recusada a entrada no país a 213 pessoas.
Coordenação da operação
Paulo Pinheiro deu a conhecer que foi recebido pelo Papa Francisco, enquanto coordenador geral de segurança e que agradeceu ao Papa “a jornada e a visita na medida em que constituiu o maior desafio de coordenação estratégica, operacional e tática que foi superada através das estruturas, mecanismos e procedimentos criados especialmente para o efeito” para a JMJ Lisboa 2023.
“Através de uma sala de situação com as forças e serviços de segurança, proteção civil, emergência médica, autoridades nacionais marítima e aeronáutica, sistemas de informações, forças armadas, COL, ligação ao SIRESP, Operadores de comunicações, infraestruturas de Portugal” entre outros. “Foram os olhos da águia que permitiu tudo articular a nível estratégico, operacional e tático” reforçou o responsável do SSI.
Benefícios para o SSI
Paulo Pinheiro deu ainda a conhecer que “disse ao Papa Francisco que assim como fica o Parque Tejo e Trancão para os munícipes de Lisboa e Loures como equipamento social para o futuro o SSI fica com um mecanismo que quando ativado liga o estratégico ao operacional e tático para os grandes eventos que Portugal possa vir a acolher no futuro. Como sempre o lema máxima segurança, mínimo transtorno. Este é o legado que fica. Unidade de comando de propósito e de ação entre todas as entidades que concorrem para a segurança de mega eventos.”
“Foi fundamental a intelligence, a cooperação policial internacional que permitiu fazer análise de risco para um controlo de fronteiras direcionado e cirúrgico. Também aqui máxima segurança, mínimo transtorno”, concluiu o responsável do SSI.