De acordo com comunicado da Embaixada da Ucrânia, em Lisboa, desde o dia 29 de janeiro que tem havido “ataques massivos ao longo da linha de contacto utilizando todas as armas disponíveis, incluindo as que são proibidas pelos Acordos de Minsk, nomeadamente o sistema lançador de foguetes ‘Grad’, artilharia de 152 mm e 122 mm, morteiros de 120 mm e 82 mm e tanques de guerra, bem como armas ligeiras”.
Os membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em declarações à imprensa, condenaram já “o uso de armas proibidas pelos acordos de Minsk ao longo da linha de contacto na região de Donetsk que levaram a mortes e a feridos, inclusive entre civis”.
Informação do Governo ucraniano dá conta que oito militares ucranianos morreram e 26 ficaram feridos, e que “devido aos bombardeamentos das áreas residenciais”, seis civis também ficaram feridos.
Diversas organizações humanitárias dão conta que, devido aos bombardeamentos, a estação de água de Donetsk parou de trabalhar, deixando entre 15.000 e 17.000 pessoas em Avdiyivka sem água.
O comunicado da embaixada da Ucrânia, em Lisboa, indica que foi “cortada totalmente a eletricidade nas cidades de Yasinovata e Avdiyivka”, afetando mais de 400.000 civis, que se encontram sem água, eletricidade e aquecimento.
A ONU indica, também, que devido aos bombardeamentos a linha de abastecimento de energia que serve Avdiyivka foi danificada deixando a população sem energia, uma situação que preocupa as organizações humanitárias dado as “temperaturas estarem a cair para -10 graus Celsius” e “se o sistema de aquecimento parar de funcionar e congelar, vai exigir semanas para o repor a funcionar”.
As condições climatéricas na região podem levar a temperaturas invernais da ordem dos 20 graus negativos, aumentando as preocupações se os bombardeamentos continuarem. A “situação humanitária nessa área continua a deteriorar-se”, levando a UNICEF a pedir o fim dos combates na área para que a infraestrutura possa ser reparada, e indica que mais de 2.500 crianças na região de Donetsk da Ucrânia estão sem eletricidade, água e aquecimento.
Em comunicado os membros do Conselho de Segurança manifestaram “o seu total apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia e sublinharam a necessidade de ser respeitada rigorosamente a Resolução 2202 (2015), que aprovou o ‘Pacote de medidas para a implementação dos Acordos de Minsk’”.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, também já veio, através da sua conta no Twitter manifestar preocupação com o pico de violência no leste da Ucrânia. Pedindo o retorno imediato ao cessar-fogo.