Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus referiu hoje que os medicamentos hidroxicoloroquina e cloroquina devem de modo temporário não serem usados em ensaios no tratamento da COVID-19, devido às conclusões negativas de estudo publicado na revista “The Lancet”.
Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou que há mais de dois meses foi iniciado um estudo para avaliar a segurança e a eficácia de quatro medicamentos e combinações de medicamentos contra a COVID-19, e que “mais de 400 hospitais em 35 países estão a recrutar ativamente pacientes e cerca de 3500 pacientes foram inscritos em 17 países.
No dia 22 de maio, a revista “The Lancet” publicou um estudo observacional sobre hidroxicoloroquina e cloroquina e sobre os efeitos em pacientes com COVID-19 que foram hospitalizados.
No estudo os investigadores “relataram que, entre os pacientes que receberam os medicamentos, quando utilizados isoladamente ou com um macrólido (antibiótico de largo espetro), verificaram uma maior taxa de mortalidade”.
Em face dos resultados do estudo a OMS implementou uma pausa temporária dos ensaios com hidroxicloroquina na COVID-19 enquanto não for revistos os dados sobre a segurança dos medicamentos.
Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou que os medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina “são aceites como geralmente seguros para uso em pacientes com doenças autoimunes ou malária”.