Até agora, 36 rebanhos leiteiros foram infetados em nove Estados, nos EUA. Mas apenas um caso humano foi relatado, no entanto, pelo menos 220 pessoas estão a ser monitoradas e pelo menos 30 já foram testadas, divulgou hoje o Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O responsável da OMS indicou que “muito mais pessoas foram expostas a animais infetados e é importante que todas as pessoas expostas sejam testadas ou monitorizadas e recebam cuidados, se necessário.”
“Até agora, o vírus não mostra sinais de ter-se adaptado para se espalhar entre humanos, mas é necessária mais vigilância”, afirmou o Diretor-geral da OMS.
O vírus foi detetado em leite cru nos EUA, mas entretanto testes preliminares mostram que a pasteurização mata o vírus, e por isso a OMS esclareceu que as pessoas podem consumir leite pasteurizado.
A OMS lembrou que com base nas informações disponíveis irá continuar a avaliar o risco para a saúde pública representado pela gripe aviária H5N1 de baixo a moderado para as pessoas expostas a animais infetados.
“Nos últimos anos, o H5N1 espalhou-se amplamente entre aves selvagens, aves, mamíferos terrestres e marinhos, e agora entre o gado leiteiro”, sendo que “desde 2021, houve 28 casos notificados em humanos, embora nenhuma transmissão entre humanos tenha sido documentada nesse período”.
Para a OMS o surto de H5N1 no gado leiteiro demonstra a importância de uma abordagem One Health (“Uma Só Saúde”), que reconheça as ligações íntimas entre a saúde dos seres humanos, dos animais e do ambiente.
Sendo considerados dois sistemas: um para prevenir surtos e pandemias através de uma abordagem “Uma Só Saúde”, e outro para lhes responder através da partilha de vacinas – são dois elementos vitais do Acordo sobre a Pandemia que os Estados-Membros da OMS estão atualmente a negociar.