Uma vacina é uma ferramenta importante a longo prazo para controlar a COVID-19, mas para Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) existem cinco prioridades em que cada um dos países se deve concentrar para salvar vidas agora.
“Primeiro, capacitar as comunidades. Todo indivíduo deve entender que não está desamparado – há coisas que todos devem fazer para se proteger e aos outros. A sua saúde está nas suas mãos.
Isso inclui distanciamento físico, higiene das mãos, cobrir a tosse, ficar em casa se estiver doente, usar máscaras quando apropriado e partilhar apenas informações de fontes confiáveis.
Pode estar numa categoria de baixo risco, mas as escolhas que faz podem fazer a diferença entre vida e morte para outra pessoa.
Segundo, suprimir a transmissão. Existem medidas que todos os países podem tomar para suprimir a disseminação do vírus.
Garantir que os profissionais de saúde tenham acesso a treino e equipamentos de proteção individual.
Melhorar a vigilância para encontrar casos.
A intervenção mais importante para romper as cadeias de transmissão não é necessariamente de alta tecnologia e pode ser realizada por uma ampla gama de profissionais. É rastreamento e quarentena de contatos.
Muitos países realmente usaram profissionais não-médicos para fazer o rastreamento de contatos.
Terceiro, salvar vidas. A identificação precoce e os cuidados clínicos salvam vidas. O fornecimento de oxigénio e dexametasona a pessoas com doença grave e crítica salva vidas.
E prestar atenção especial a grupos de alto risco, incluindo idosos em lares, salva vidas”.
“Quarto, acelerar a investigação. Já aprendemos muito sobre esse vírus, mas ainda há muito que não sabemos – e ainda existem ferramentas que precisamos”.
“Quinto, liderança política. A unidade nacional e a solidariedade global são essenciais para implementar uma estratégia abrangente para suprimir a transmissão, salvar vidas e minimizar o impacto social e económico do vírus”.
Para Tedros Adhanom Ghebreyesus a questão crítica que todos os países vão enfrentar nos próximos meses é como viver com esse vírus. Esse é o novo normal, e “todos nós queremos que isto acabe. Todos nós queremos continuar com nossas vidas. Mas a dura realidade é: isto não está perto do fim.”