O Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, manifestou-se profundamente preocupado com o aumento das atividades militares de Israel em Rafah, na Faixa de Gaza, para onde a maior parte da população fugiu na procura de segurança.
Tedros Adhanom indicou que entre 30 e 40 mil pessoas terão deixado Rafah em direção a Khan Younis e Deir al-Balah, mas que mais de 1,4 milhões de pessoas continuam em risco em Rafah, incluindo 600 mil crianças.
Entretanto, “um dos três hospitais de Rafah – o hospital An-Najjar – já teve de encerrar”. Os seus pacientes foram mudados para outros locais e o pessoal do hospital está a retirar suprimentos e alguns equipamentos do edifício do hospital para os proteger.
Com tem vindo a ser noticiado a passagem de Rafah, do Egipto para Gaza, foi encerrada pelas forças militares de Israel e assim continua. Esta passagem é um importante ponto de acesso para abastecimento de Gaza.
O responsável da OMS afirmou: “O combustível de que esperávamos ter hoje permissão não foi permitido, o que significa que só temos combustível suficiente para manter os serviços de saúde, no sul, durante mais três dias”.
“A OMS pré-posicionou alguns fornecimentos em armazéns e hospitais, mas sem mais ajuda a fluir para Gaza, não poderemos sustentar o nosso apoio vital aos hospitais”, referiu Tedros Adhanom, e acrescentou: “A OMS não tem intenção de se retirar de Rafah e permanecerá e cumprirá a missão ao lado dos nossos parceiros.”
Entretanto, “a OMS está a coordenar o trabalho de 20 equipas Médicas de Emergência em Gaza, compostas por 179 internacionais de 30 países, trabalhando ao lado de 800 funcionários locais”, esclareceu o responsável da OMS.
“Estas equipas estão integradas em 10 hospitais existentes e estabeleceram cinco hospitais de campanha”. Equipas que “já realizaram quase 400 mil consultas, mais de 18 mil cirurgias e agregaram mais de 500 leitos hospitalares adicionais”.
As equipas “estão a trabalhar em todos os níveis de cuidados, no norte e no sul, proporcionando estabilização de traumas, partos de bebés, apoiando o alerta precoce para surtos de doenças e muito mais”, e com “o apoio da OMS e do pessoal hospitalar, as Equipas Médicas de Emergência limparam o Complexo Médico Nasser em Khan Younis, após um ataque e cerco no início deste ano.”
Depois do recrutamento de profissionais de saúde o hospital está pronto para hoje começar a receber pacientes em diálise, esclareceu Tedros Adhanom.
O Diretor-geral da OMS concluiu afirmando: “Um cessar-fogo é urgentemente necessário para o bem da humanidade.”