A Comissão Europeia anunciou hoje que foram selecionados oito novos projetos de investigação de grande escala, para o desenvolvimento de meios de diagnóstico e de tratamento para a COVID-19, no âmbito da Iniciativa Medicamentos Inovadores (IMI).
Para o financiamento dos projetos a Comissão aumentou o seu compromisso para 72 milhões de euros (acima dos 45 milhões de euros inicialmente previstos), provenientes do Programa Horizonte 2020, de investigação e inovação da União Europeia (UE), parceiros da indústria farmacêutica associados à IMI e por outras organizações envolvidas nos projetos vão envolver um montante de 45 milhões de euros, o que eleva o investimento total a 117 milhões de euros.
Mariya Gabriel, comissária responsável pela Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, afirmou: “Temos de reunir os conhecimentos especializados e os recursos do setor público e do setor privado, a fim de vencer esta pandemia e nos prepararmos para eventuais surtos no futuro. Com este financiamento do programa Horizonte 2020 e dos nossos parceiros da indústria e não só, estamos a acelerar o desenvolvimento de meios de diagnóstico e de tratamento para o coronavírus, ferramentas essenciais de que necessitamos para fazer face à situação de emergência a nível mundial.”
Os projetos selecionados hoje fazem parte da resposta europeia comum ao surto de coronavírus que a Comissão Europeia está a coordenar desde o início da crise. A 4 de maio, a Comissão comprometeu-se a disponibilizar 1,4 mil milhões de euros no total durante a cimeira da resposta mundial ao coronavírus, dos quais mil milhões de EUR provêm do programa Horizonte 2020 e têm como objetivo o desenvolvimento de vacinas, novos tratamentos e ferramentas de diagnóstico para impedir a propagação do coronavírus.
Desde janeiro de 2020, a Comissão já mobilizou um total de 352 milhões de euros no âmbito do programa Horizonte 2020, este valor inclui, entre outros, 48,2 milhões de euros alocados a 18 projetos de investigação que começaram a trabalhar em preparação e resposta a surtos, testes de diagnóstico rápido no local de prestação de cuidados, novos tratamentos e novas vacinas.
Destes oito projetos no âmbito da IMI, cinco referem-se a diagnóstico e três no tratamento.
■ Os projetos de diagnóstico vão procurar desenvolver dispositivos que possam ser utilizados em qualquer lugar, como nos consultórios ou no próprio domicílio do doente, e produzir resultados rápidos, em 14 a 40 minutos.
■ Os projetos de tratamento estão direcionados para o desenvolvimento de terapias para o atual surto de coronavírus, ao mesmo tempo que vão permitir dar passos fundamentais de preparação para futuros surtos epidémicos.
Os projetos envolvem a participação de 94 organizações, como universidades, organizações de investigação, empresas e organismos públicos. É igualmente de assinalar a participação de pequenas e médias empresas (PME), que representam mais de 20 % dos participantes e que vão receber 17 % do orçamento.