Um estudo elaborado pelas investigadoras Carla Leite e Helena Pereira, do Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, e já publicado na revista ‘Frontiers in Materials’, produz informação sobre as espécies que apresentam maior potencial corticeiro.
O estudo indica várias espécies de diversas origens geográficas, como o carvalho da Turquia (Quercus cerris), o sobreiro da China (Quercus variabilis), espécies do cerrado do Brasil e espécies madeireiras como a Pseudostuga menziesii e a Betula pendula, e descreve a estrutura e composição química da cortiça, e o potencial de utilização na produção de bioprodutos
O sobreiro (Quercus suber) restringe sobretudo à Bacia do Mediterrâneo, e por isso o fornecimento mundial de cortiça é limitado. No entanto, outras espécies com esta matéria-prima podem ser utilizadas como alternativa, na produção de vários artigos e na indústria da cortiça.
A cortiça do sobreiro da China (Quercus variabilis) foi já colocada no mercado, “atualmente apenas na forma triturada”, e “esta matéria-prima parece ter um lugar interessante”, dadas as quantidades que já são colhidas como o potencial florestal existente. Com a investigação em curso, é previsível que em poucos anos aumente substancialmente o conhecimento sobre esta cortiça da China.