O Olhar da Sibila – Corporalidade e Transfiguração, no Museu do Oriente

Metamorfose do corpo, interpretada por artistas portugueses e estrangeiros em sessenta obras, mostra-se em ‘O Olhar da Sibila – Corporalidade e Transfiguração’, a nova exposição temporária do Museu do Oriente, a partir de 5 de abril.

Mãe e filha, da série The Passanger, Adriana Molder, 2008
Mãe e filha, da série The Passanger, Adriana Molder, 2008. © DR

Entre os 35 artistas representados na exposição ‘O Olhar da Sibila Corporalidade e Transfiguração’ no Museu do Oriente, contam-se Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes, Helena Almeida, Julião Sarmento, Noé Sendas, Ângela Ferreira e Fernanda Fragateiro, Susanne Themlitz, Leonor Antunes, Li Yousong, Adriana Molder, ou ainda, Ramiro Guerreiro, entre outros.

São da autoria dos 35 artistas os trabalhos expostos, em fotografia, vídeo, desenho, pintura, escultura e instalações, a par de um conjunto de livros de artistas.

Trata-se de uma iniciativa pioneira em Portugal, ao reunir obras de seis coleções institucionais: Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, Coleção Caixa Geral de Depósitos, Fundação EDP, Fundação Millennium bcp, Fundação PLMJ e Fundação Oriente.

‘O Olhar da Sibila – Corporalidade e Transfiguração’ propõe um olhar transversal sobre a mutação do corpo, mas também sobre uma ideia de corporalidade enquanto objeto, por vezes abstrato, mas central na reflexão e criação dos artistas dos séculos XX e XXI, conforme ilustrado nas obras expostas.

Desta seleção de obras, destaque para um conjunto de dezoito desenhos e pinturas de Arpad Szenes e Vieira da Silva, nunca antes expostos em conjunto fora da fundação homónima, e que constituem um núcleo singular dedicado a esta influente dupla de artistas, cuja obra mantém uma permanente atualidade. Ou ainda, a revisitação da obra, “Madame Récamier Segundo David”, de 1989, da autoria de Rui Sanches, ou os desenhos de Joana Villaverde.

Sob a metáfora do olhar, as obras expostas apresentam as vastas possibilidades da transfiguração corpórea e metafísica, em que a presença autorreferencial se cruza, por vezes, na alteridade. “Essa corporalidade é também nomeação, através da palavra escrita, como imagem e narrativa, ou como título de algumas das obras, desvelando uma visão poética, mas também crítica, à qual não escapa a História da Arte e as estórias, quase íntimas, na relação entre artistas ou entre estes e o contexto em que estas obras foram criadas”, descreve João Silvério, curador da exposição.

‘O Olhar da Sibila – corporalidade e transfiguração’ é a forma atual de um projeto lançado no contexto da conferência que teve lugar em Novembro de 2015 na Fundação Oriente, promovida pela Fundação PLMJ e subordinada ao tema Corporate Art Collections e que visou uma abordagem abrangente sobre este fenómeno empresarial de pendor cultural.

Exposição O Olhar da Sibila – Corporalidade e Transfiguração

Inauguração: 5 de Abril | 18.30 | entrada livre

Até 18 de Junho

Horário: 10.00-18.00 (à sexta-feira o horário prolonga-se até às 22.00, com entrada gratuita a partir das 18.00)

Preço: 6 euros

Museu do Oriente, Avenida Brasília | Doca de Alcântara (Norte) | 1350-362 Lisboa

Obras de: ADELINA LOPES | ADRIANA MOLDER | ANA JOTTA | ANA VIDIGAL | ANA VIEIRA | ÂNGELA FERREIRA |ARPAD SZENES | FERNANDA FRAGATEIRO | GEMUCE | GUO JIN | HELENA ALMEIDA | JOANA VILLAVERDE | JOÃO PAULO FELICIANO | JOÃO PEDRO VALE |JOSÉ MALHOA | JOSÉ PEDRO CROFT | JÚLIA VENTURA | JULIÃO SARMENTO | JÚLIO POMAR | LEONOR ANTUNES | LI YOUSONG | MARIA HELENA VIEIRA DA SILVA | MÁRIO MACILAU | MASAAKI MIYASAKO | MIGUEL PALMA | NOÉ SENDAS | NUNO BARRETO | |PAULO QUINTAS | RAMIRO GUERREIRO | RITA GT | RUI SANCHES |SEBASTIÃO RESENDE | SUSANA MENDES SILVA | SUSANNE THEMLITZ| YANG MIAN |

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