Uma equipa de investigação da Rutgers University, em New Brunswick concluiu a primeira avaliação de um novo teste rápido da COVID-19, que obteve uma aprovação de emergência da FDA – Food and Drug Administration. O teste foi desenvolvido pela CEPHEID, uma empresa de diagnóstico molecular dos EUA, que deve começar a disponibilizar o teste na próxima semana.
O teste é rápido e fácil de executar, e não exige a necessidade de um laboratório centralizado.
David Alland, diretor do Instituto de Saúde Pública da Rutgers New Jersey Medical School, que liderou a equipa de investigação que avaliou o teste, responde a algumas questões sobre o teste e a importância no combate à COVID-19:
Quais foram as conclusões da sua avaliação e a precisão do teste?
■ O teste foi capaz de identificar quantidades extremamente pequenas de material genético do novo coronavírus, o SARS CoV2 e, quando repetimos o teste usando vírus vivos, também conseguimos identificar níveis muito baixos. Isso sugere fortemente que o teste será altamente eficaz na identificação de casos da COVID-19.
Qual é a diferença entre este teste e o que está disponível atualmente?
■ Atualmente, os testes são enviados para um laboratório e os resultados podem levar de um a cinco dias. O impacto do teste rápido será significativo. Como os resultados podem ser entregues em 45 minutos, será um divisor de águas para decisões médicas cruciais, incluindo a triagem de pacientes. Quando isolar e como tratar. Além disso, como o mundo vai continuar a precisar de gerir a COVID-19 nos próximos anos, a capacidade potencial deste teste para ser usado em consultórios médicos, clínicas e até em unidades móveis pode ajudar a detetar novos e pequenos surtos de doenças antes dos grandes surtos reaparecerem.
Como é que a equipa esteve envolvida em ajudar a desenvolver esse novo teste?
■ O meu laboratório trabalha com o CEPHEID há quase 20 anos para desenvolver uma série de testes de diagnóstico inovadores para doenças infeciosas. No nosso teste inovador para tuberculose, contribuímos com tecnologia que permitia a deteção rápida da mycobacterium tuberculosis, a bactéria que causa a tuberculose, e também contribuímos com tecnologia que permitiu a fácil identificação de mutações associadas à resistência a medicamentos neste organismo.