O “Deucalion”, o supercomputador da EuroHPC – Empresa Comum para a Computação Europeia de Alto Desempenho, está instalado na Universidade do Minho, em Guimarães, e foi hoje, 6 de setembro, inaugurado pelo primeiro-ministro português, António Costa, acompanhado pela Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Elvira Fortunato, pela Presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Madalena Alves, a Diretora Geral Adjunta de Redes de Comunicação, Conteúdos e Tecnologia da Comissão Europeia (CNECT), Thomas Skordas e o Diretor Executivo da EuroHPC JU, Anders Dam Jensen, entre outras personalidades.
O novo sistema é utilizado para fazer avançar a investigação e o desenvolvimento em domínios como as tecnologias energeticamente eficientes, as previsões meteorológicas e a investigação marítima e oceânica. Ajudará igualmente a desenvolver aplicações industriais na descoberta de medicamentos, na conceção de novos materiais, na neurociência, nos sistemas energéticos respeitadores do clima e noutros domínios.
O “Deucalion”, o sétimo supercomputador da EuroHPC instalado na União Europeia, e é o recurso computacional mais potente e avançado instalado em Portugal. O sistema levou a um investimento de 20 milhões de euros, dos quais 7 milhões de euros de financiamento da União Europeia (UE).
O supercomputador “Deucalion” tem um pico de desempenho de 10 Petaflops, ou seja, 10 mil biliões de cálculos por segundo, e foi fornecido pela Fujitsu Technology Solutions. O sistema combina processadores ARM A64FX e a tecnologia Bull Sequana fornecida pela Eviden, empresa de computação avançada de propriedade da Atos. Isto faz do Deucalion o primeiro supercomputador EuroHPC baseado em processadores ARM, abrindo assim o caminho para a European Processor Initiative (EPI), que visa desenvolver microprocessadores e aceleradores europeus com eficiência energética.
Com uma arquitetura única na Europa, o supercomputador proporciona aos utilizadores europeus acesso a uma conceção pioneira que complementará e enriquecerá o conjunto diversificado de arquiteturas de computação disponibilizadas pelos sistemas EuroHPC.
As capacidades computacionais do “Deucalion” serão disponibilizadas aos utilizadores em Portugal e em toda a Europa, a ser utilizado no avanço da investigação e desenvolvimento numa vasta gama de domínios, por exemplo, em meteorologia e modelação climática, dinâmica de fluidos e aerodinâmica, astrofísica e cosmologia, bem como tecnologias que visam melhorar a eficiência energética das infraestruturas informáticas. Irá também impulsionar a inovação em domínios como a inteligência artificial, a medicina personalizada, a conceção farmacêutica/medicinal e novos materiais, o combate a incêndios, o planeamento territorial, mas também a mobilidade inteligente e os veículos autónomos.
O “Deucalion”, de Guimarães, junta-se aos supercomputadores existentes da EuroHPC que estão em funcionamento, como o Discoverer na Bulgária, MeluXina no Luxemburgo, Vega na Eslovénia, Karolina na Chéquia, LEONARDO em Itália e LUMI na Finlândia.
A EuroHPC indicou que a seguir ao “Deucalion” irá ser instalado o terceiro supercomputador europeu à pre-exaescala, o MareNostrum5, em Espanha, a ser inaugurado no outono.