Novo medicamento para tratamento de manutenção complementar para doentes com grave com idade de 12 ou mais anos foi aprovado na União Europeia. O Tezspire (tezepelumab) da farmacêutica AstraZeneca vem dar uma alternativa aos doentes que têm vindo a ser inadequadamente controlados com altas doses de corticosteroides inalados e com mais outro medicamento.
O Tezspire mostrou, em ensaios clínicos de fase III, superioridade em todos os endpoints primários e secundários principais em pacientes com asma grave, em comparação com placebo, quando adicionado a terapia padrão.
O novo medicamento é o primeiro e único biológico aprovado na Europa para asma grave que atua no topo da cascata inflamatória bloqueando a linfopoietina estromal tímica (TSLP), uma citocina epitelial. O Tezspire mostrou, nos ensaios clínicos, reduzir de forma consistente e significativamente as exacerbações da asma. Os ensaios incluíram uma ampla população de pacientes com asma grave, independentemente dos principais biomarcadores, incluindo contagem de eosinófilos no sangue, estado alérgico e óxido nítrico exalado fracionado ( FeNO).
O professor Guy Brusselle, do Departamento de Medicina Respiratória do Hospital Universitário de Ghent, Ghent, Bélgica, disse: “A asma grave é uma doença complexa, dado que aproximadamente 60% dos pacientes têm múltiplos fatores de inflamação. Com a aprovação europeia do Tezspire, um produto biológico de primeira classe que atua no topo da cascata de inflamação, temos a oportunidade de tratar uma população mais ampla de pacientes com asma grave, atendendo a uma grande necessidade não atendida nesta doença.”
Mene Pangalos, vice-presidente executivo de P&D Biofarmacêutico da AstraZeneca, disse: “A asma grave continua a ter um impacto debilitante para as pessoas que vivem com a doença, com muitos pacientes a experimentar exacerbações frequentes, um risco aumentado de hospitalização e uma qualidade de vida significativamente reduzida. O Tezspire é agora o primeiro e único biológico aprovado na Europa para pacientes com asma grave sem limitação de fenótipo ou biomarcador e esperamos levar este importante medicamento aos pacientes o mais rápido possível”.
A Asma
Asma grave é uma doença heterogênea que afeta aproximadamente 14 milhões de pessoas que vivem com a doença na União Europeia e cerca de 339 milhões de pessoas em todo o mundo.
Apesar do uso de medicamentos inalatórios para controle da asma, terapias biológicas atualmente disponíveis e corticosteroides orais, muitos pacientes com asma grave permanecem sem controlo. Devido à complexidade da asma grave, muitos pacientes têm fatores incertos ou múltiplos de inflamação e podem não se qualificar ou responder bem a um medicamento biológico atual.
A asma grave e não controlada é debilitante, com pacientes com exacerbações frequentes, limitações significativas na função pulmonar e redução da qualidade de vida. Pacientes com asma grave apresentam risco aumentado de mortalidade e, em comparação com pacientes com asma persistente, têm o dobro do risco de hospitalizações relacionadas com asma. Há também um ónus socioeconómico significativo, com esses pacientes respondendo por aproximadamente 50% dos custos relacionados à asma.