Uma nova análise realizada pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido examinou 3 variantes recombinantes do SARS-CoV-2, que causa a COVDID-19, e conhecidas por XF, XE e XD. Destas, as XD e XF são recombinantes da variante Delta e da Ómicron BA.1, enquanto XE é uma recombinante da variante Ómicron BA.1 e BA.2.
Uma variante recombinante ocorre quando um indivíduo é infetado com 2 ou mais variantes ao mesmo tempo, resultando numa mistura do material genético dentro do corpo do paciente. Esta não é uma ocorrência incomum dado que várias variantes recombinantes do SARS-CoV-2 foram identificadas ao longo da pandemia.
No Reino Unido, foram identificados 38 casos da variante recombinante XF, mas nenhum caso infeção foi identificado desde meados de fevereiro e não há evidências de transmissão comunitária no Reino Unido.
A variante recombinante XD foi identificada em 49 casos relatados a nível global, a maioria deles na França.
No caso da variante recombinante XE da Ómicron BA.1 e BA.2 foram confirmados até agora 637 casos no Reino Unido. O primeiro data de 19 de janeiro de 2022. A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido indica que não há evidências suficientes para tirar conclusões sobre a vantagem de crescimento ou outras propriedades desta variante.
Susan Hopkins, consultora médica chefe da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido, referiu, citada em comunicado, que “as variantes recombinantes não são uma ocorrência incomum, principalmente quando existem várias variantes em circulação, e várias foram identificadas ao longo da pandemia até o momento. Tal como acontece com outros tipos de variantes, a maioria morre relativamente rápido”.
Os dados da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido indicam que a variante Ómicron BA.2, é atualmente a variante dominante no Reino Unido, e estima que seja responsável por aproximadamente 93,7% dos casos em Inglaterra.
Esta variante BA.2 continua a mostrar um crescimento substancial muito maior que outras linhagens Ómicron a circular na Inglaterra. A análise contínua da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido ainda não encontrou evidências de que a infeção pela Ómicron BA.2 resulte em maior risco de hospitalização, em comparação com a Ómicron BA.1.