Investigação na Universidade de Borås, na Suécia, levou o investigador Alex Osagie Osadolor, no decurso do doutoramento, ao desenvolvimento de novos sistemas para regular a temperatura no reator de biomassa, bem como o fluxo de massa dentro e fora do reator e a um sistema para misturar a biomassa. O projeto mostra que é possível reduzir o custo do processo de fermentação em mais de 20%.
Atualmente, os reatores de biomassa são usados principalmente para converter resíduos orgânicos em biogás e são usados principalmente em países com clima quente, já que o calor é um pré-requisito para que os microrganismos sobrevivam e se desenvolvam.
O projeto de investigação partiu da introdução de novas propriedades nos reatores de biomassa para um recurso mais económico, mas ao mesmo tempo garantindo a produção segura e eficiente dos produtos fermentados, no caso o biogás e o bioetanol.
A investigação foi concentrada cinco áreas: regulação da temperatura dentro e ao redor do reator; evitar restrições que possam surgir em ligações com o processo de fermentação ao alimentar e drenar o material no reator; desenvolvimento de um sistema para misturar o material e microrganismos dentro do reator; investigação do fluxo e a estrutura da massa no reator; e testar a mecânica do próprio reator para uso de média e a grande escala.
Os atuais reatores de biomassa usados na indústria dependem de condições de temperatura no ambiente onde o reator é instalado. Na maioria dos casos os reatores são colocados ao ar livre. Os países com clima frio não são locais ideais dado que os microrganismos desenvolvem-se melhor num lugar quente pois em locais frios podem congelar e morrer.
O investigador desenvolveu processos em que o ambiente é significativamente melhorado no reator de biomassa, fazendo com que os microrganismos se desenvolvam, permaneçam no reator e o processo de fermentação melhore.
Alex Osagie Osadolor referiu: “Eu tenho investigado como podemos otimizar o reator de biomassa e o meio ambiente para os microrganismos que trabalham dentro do reator, e calculei a pressão e a resistência do material usado na construção do reator”, e acrescentou: ” desenvolvi um sistema para misturar o substrato, o material que alimenta o reator e os microrganismos que atuam no reator, sem que os microrganismos sejam libertados juntamente com o produto que é produzido, neste caso o biogás ou o bioetanol. O princípio desses sistemas também pode ser aplicado em grande escala.”