“Bloco na Rua”, o novo espetáculo de Ney Matogrosso, com vários concertos esgotados no Rio de Janeiro, Brasil, chega a Portugal em novembro. Dia 03 o músico atua no Coliseu do Porto e dia 06 é a vez de brindar a capital com um concerto no Coliseu de Lisboa.
Foram pouco mais de cinco anos contínuos à frente da digressão “Atento aos Sinais”, projeto que passou pelos mais diferentes palcos e arrebatou plateias no Brasil e no exterior. Uma temporada longa até para os padrões de Ney Matogrosso que, como de costume nos últimos anos, testou e amadureceu o repertório, antes de lançar o disco “Atento Aos Sinais”.
Aos 77 anos Ney Matogrosso não para, mas mais uma vez, o novo projeto começa nos palcos para só depois ganha outros formatos. O repertório foi selecionado enquanto o artista se encontrava em digressão com o espetáculo anterior e o seu critério não foi o ineditismo: “Não é um show de sucessos meus, mas quis abrir mais para o meu repertório. Dessa vez eu misturei coisas que já gravei com repertório de outras pessoas”, explicou Ney Matogrosso.
O alinhamento revela a diversidade do repertório: “Eu quero é botar meu bloco na rua” (Sergio Sampaio), de onde saiu o título da digressão, “A Maçã” (Raul Seixas), “Álcool (Bolero Filosófico) “, da banda original do filme “Tatuagem” (DJ Dolores), “O Beco”, gravada por Ney nos final dos anos 80 (Herbert Vianna/Bi Ribeiro) e “Mulher Barriguda”, do primeiro álbum dos Secos e Molhados, de 1973 (Solano Trindade/João Ricardo), são algumas das músicas escolhidas por Ney Matogrosso.
Duas canções foram extraídas do compacto duplo Ney Matogrosso e Fagner, lançado em 1975: “Postal do Amor” (Fagner/Fausto Nilo/Ricardo Bezerra) e “Ponta do Lápis” (Clodô/Rodger Rogerio). Outros dois clássicos que Ney nunca tinha antes cantado, “Como 2 e 2” (Caetano Veloso) e “Feira Moderna” (Beto Guedes/Lô Borges/Fernando Brant), podem encontrar-se também neste espetáculo.
O figurino, sempre aguardado com expectativa quando se fala de um espetáculo de Ney Matogrosso, foi criado sob medida pelo estilista Lino Villaventura. Luiz Stein assina o cenário, composto por projeções, e Juarez Farinon a luz do espetáculo, com supervisão de Ney.
A banda afiada é a mesma que o acompanhou nos últimos cinco anos, a qual reúne Sacha Amback (direção musical e teclado), Marcos Suzano e Felipe Roseno (percussão), Dunga (baixo), Mauricio Negão (guitarra), Aquiles Moraes (trompete) e Everson Moraes (trombone).