Os Museus e Monumentos sob tutela da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) reabrem no dia 6 de abril de 2021, mas na véspera, dia 5 de abril, reabre o Museu de Lamego para assinalar o seu 104º Aniversário. Uma reabertura após encerramento temporário ao público devido ao confinamento motivado pela pandemia de COVID-19.
A DRCN anunciou que para assinalar o simbolismo desta reabertura foi determinada a gratuitidade de entrada no dia 6 de abril em todos os Museus e Monumentos, e que ao mesmo tempo é um convite aos visitantes.
O primeiro visitante de cada museu será também presenteado com uma oferta que se traduz num gesto simbólico de boas-vindas, que ocorrerá nos museus: Museu do Abade de Baçal, em Bragança; Museu de Alberto Sampaio e Paço dos Duques, em Guimarães; Museu da Terra de Miranda, em Miranda do Douro; Museu D. Diogo de Sousa, Museu dos Biscainhos e Mosteiro de Tibães, em Braga.
Em 2020, os museus e monumentos no norte registaram 665.993 entradas, o que representou menos 71% em comparação com os números de 2019.
De acordo com as orientações gerais da Direção Geral de Saúde e as normas específicas determinadas por cada museu, os visitantes devem cumprir as regras de distanciamento social (distância mínima de dois metros lineares para qualquer outra pessoa que não seja sua convivente), e etiqueta respiratória, sendo obrigatório o uso de máscara.
Aniversário do Museu de Lamego
O Museu de Lamego assinala o 104º Aniversário no dia 5 de abril, reabrindo ao público nesse dia, também com entrada gratuita e oferta de uma lembrança ao primeiro visitante.
A DRCN esclareceu que no dia 5, pela manhã, os visitantes terão oportunidade de assistir ao ato de entrega de um importante fragmento arquitetónico – um lintel epigrafado, do século XVII, proveniente do desaparecido Mosteiro das Chagas, de Lamego – realizada no âmbito de protocolo de depósito de bens, celebrado com a Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios, e que conta com o apoio do Município de Lamego e Junta da Freguesia da Sé e Almacave, imprescindível devido à complexidade dos meios envolvidos na operação de deslocação da peça, desde o jardim do Santuário dos Remédios até ao museu.
Fazendo parte do pórtico em granito que encerrava a capela do Desterro, ereta no claustro do mosteiro, conforme a inscrição, o fragmento vai juntar-se ao numeroso conjunto de bens que o Museu de Lamego conserva com a mesma proveniência, com natural destaque para as capelas em talha dourada, entre peças de paramentaria, ourivesaria, escultura e arquitetura.
Ao início da tarde, decorrerão novas entregas: trata-se do lote das primeiras pinturas intervencionadas ao abrigo da campanha de mecenato “Conhecer, Conservar, Valorizar” que, nesta fase do projeto, tem por objetivo o tratamento de conservação e restauro das perto de 60 pinturas que integram o programa decorativo da capela de São João Batista.
Regressam ao Museu de Lamego as telas de Santa Doroteia, Santa Bárbara e da Aparição de Cristo à Virgem, ao mesmo tempo que serão entregues, aos cuidados do ateliê da conservadora restauradora Beatriz Albuquerque, mais três pinturas, dando assim continuidade ao projeto, que passa a contar com um espaço de exposição próprio, destinado a acompanhar, a par e passo, o desenrolar dos trabalhos.