Museus municipais, Martim Gonçalves de Macedo e de Arqueologia Coronel Albino Pereira Lopo, de Macedo de Cavaleiros, vão reabrir ao público.
Um protocolo de cooperação entre o Município de Macedo de Cavaleiros e Associação Terras Quentes estabelece que “a autarquia assume a gestão e dinamização dos museus, cabendo à Associação Terras Quentes (ATQ) a coordenação científica dos espaços museológicos, bem como de todo o seu espólio”, explica o presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues.
O protocolo de cooperação foi aprovado por unanimidade na última reunião de câmara do Executivo Municipal e prevê um financiamento de 25 mil euros. “Com este protocolo, passamos a dispor de uma gestão em que os interesses do município são acautelados, mantendo o mesmo trabalho de preservação e valorização da história do nosso concelho”, salienta o autarca.
“A reabertura dos museus, garantida com a assinatura deste protocolo, é a prova de que acima de qualquer interesse particular está o do nosso concelho e dos nossos munícipes”, assegura Benjamim Rodrigues. O autarca garante, ainda, que “depois de um período mais conturbado, de rutura entre as duas instituições, os interesses de Macedo de Cavaleiros prevaleceram e foi possível chegar a um entendimento”.
O protocolo prevê que a ATQ terá a responsabilidade de direção científica dos dois museus, bem como da proteção e valorização do património cultural. Além disso também cabe à Associação Terras Quentes o dever de, no museu Martim Gonçalves de Macedo, agregar ou substituir espólio arqueológico, histórico e documental relevante para o conhecimento da Batalha de Aljubarrota e o seu impacto na história de Portugal e do concelho de Macedo de Cavaleiros.
Os responsáveis da ATQ têm ainda a obrigação de organizar, produzir conteúdos de divulgação para o museu, bem como de escrever e gerir o conjunto de espólio e informação recolhidos e sobre estes implementar medidas de preservação e conservação.
Já no Museu de Arqueologia, os deveres da Associação Terras Quentes incidem sobre a agregação ou substituição do espólio arqueológico, de modo a dar a conhecer o passado do concelho e contribuindo para o conhecimento da sua história e identidade. O protocolo estabelece ainda como obrigação da ATQ a gestão do espólio proveniente das escavações arqueológicas, realizadas e a realizar no concelho, através da investigação, preservação, valorização e exposição desse espólio, bem como a organização e produção de conteúdos de divulgação para o museu.
O protocolo tem a duração de um ano e será renovado mediante a apresentação de um relatório da ATQ dando conta da execução do Plano e do Orçamento do ano precedente.