O Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves, vai expor obras do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (MNAC). A decisão resulta de um protocolo de colaboração assinado ontem entre a Câmara Municipal de Chaves e o Ministério da Cultura, através da Direção Geral do Património Cultural e da Direção Regional de Cultura do Norte.
O protocolo prevê, que para além da exposição permanente no Museu Nadir Afonso das obras do MNAC, ainda a realização de duas exposições temporárias também com obras a disponibilizar pelo MNAC ao Museu de Chaves.
O Ministério da Cultura (MC) referiu em comunicado que este “é mais um passo fundamental para a promoção, difusão e investigação do nosso património artístico, reforçando a coesão territorial, social e económica, através da captação e atração de mais visitantes para os equipamentos culturais do interior do país”.
Entre os principais objetivos descritos no protocolo está a realização de uma exposição temporária no Museu Nadir Afonso até ao final do mês de novembro de 2019, e a segunda exposição temporária durante o ano de 2020. Esta subordinada principalmente à obra da pintora Sarah Affonso. Ambas com as obras a disponibilizar pelo Museu do Chiado
Até ao final do terceiro trimestre de 2020 vai ser feita a identificação das obras que se encontram em reserva no Museu Chiado e que podem ser objeto de depósito, para exposição de longa duração, no Museu Nadir Afonso, bem como a definição das condições técnicas para o efeito e celebração do respetivo protocolo de depósito.
O Museu do Chiado é atualmente uma referência de excelência museológica e de investigação, a nível nacional e internacional, com um acervo constituído por uma vasta coleção de arte com obras que datam desde a segunda metade do século XIX até à contemporaneidade. O Museu Nadir Afonso, instalado num edifício projetado pelo Arquiteto Álvaro Siza Vieira e gerido pelo Município de Chaves, exibe obras do pintor Nadir Afonso e outras obras de arte contemporânea.
O protocolo agora assinado “vem reforçar uma política cultural sustentada e de proximidade, designadamente através do acesso aos cidadãos de obras de arte que não se encontram permanente ou habitualmente disponíveis”, referiu o MC, e tem como objetivo “promover uma estratégia cultural assente na descentralização e na desconcentração territorial e administrativa, de modo a incentivar um mais amplo acesso à cultura e uma maior proximidade às populações”.
O MC referiu que faz parte da estratégia para as coleções nacionais, “o aumento da projeção das coleções, através de complementaridades expositivas, o estímulo à criação artística e respetiva articulação com a valorização do território, e o reforço da programação, do conhecimento e da investigação, no âmbito da criação artística contemporânea”.