Uma obra de arte que homenageia o 25 de Abril e os 18 municípios da Área Metropolitana foi inaugurada em Lisboa. “A Metropolitana“, de Mário Linhares, pode ser visitada na sede da Área Metropolitana de Lisboa (AML), no terraço do Palácio Mascarenhas, número 23 da Rua Cruz de Santa Apolónia, de segunda a sexta-feira, entre as 8h00 e as 20h00.
O mural, com cerca de mil azulejos, assinala a conquista da liberdade e do poder local, e insere-se no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Na inauguração, dia 29 de novembro, cerca de 100 convidados, incluindo o presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, presidentes de Câmara e vereadores, ex-presidentes e vice-presidentes do Conselho Metropolitano de Lisboa, o primeiro-secretário e secretários da Área Metropolitana de lisboa, o autor da obra, entre inúmeros outros convidados estiveram presentes no evento.
Na inauguração destacaram-se dois momentos culturais: um de dança, com a exibição da Academia Show It, e outro musical, com Laura Macedo, e foi um momento para o Primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto Carvalho, o artista Mário Linhares e o presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Basílio Horta, dirigiram palavras sobre o significado da obra e respetivo enquadramento.
Sobre o Mural “A Metropolitana”
O mural é composto por azulejos pintados à mão, respeitando a história e a tradição da azulejaria portuguesa. A peça representa os 18 municípios da AML: de um lado, estão os nove municípios situados a norte do Tejo (Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira), enquanto do outro lado se encontram os nove a sul do rio (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal).
No centro da obra, destaca-se uma figura feminina, “A Metropolitana”, que é, tal como a figura da República, uma pessoal real, cujo retrato feminino “alude à vida e à humanização do território, emergindo da paisagem construída e habitada, uma pessoa totalmente emancipada enquanto filha da liberdade conquistada no 25 de Abril”.
Enquanto cresce e se desenvolve, tem nos brincos a leveza da herança dos cravos de Abril a assinalar os 50 anos de liberdade. O amarelo do vestido remete para a cor da Área Metropolitana de Lisboa, e relembra o quão valioso é o território que habitamos, deixando que o desenho dos municípios habite nele, como tatuagens num tecido urbano que nos rodeia e protege.