O Mosteiro dos Jerónimos, monumento nacional afeto à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), tem vindo a ser objeto de um Plano de Conservação e Restauro das abóbadas da Igreja de Santa Maria de Belém, compreendendo intervenções exteriores e interiores previstas para o período de 2012 a 2022.
A DGPC tem tido neste Plano como entidade o World Monuments Fund Portugal (WMF-P). Um plano que tem como objetivo fazer face ao problema urgente da alteração e decaimento das pedras da Igreja.
O WMF-P tem vindo a viabilizar financeiramente o plano em múltiplas fases, e têm-se constituindo como agente ativo na proteção e valorização do Património Cultural nacional.
Para dar corpo ao plano, o WMF-P vai lançar uma campanha para angariar mecenas para concretizar, em 2021, mais uma etapa da intervenção, que incidirá fundamentalmente sobre o interior da Igreja.
O Mosteiro dos Jerónimos é uma obra-prima da arquitetura portuguesa do século XVI, que está inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO desde 1983, juntamente com a Torre de Belém. É apontado como a “joia” do manuelino, estilo exclusivamente português que integra elementos arquitetónicos do gótico final e do renascimento, associando-lhe uma simbologia régia cristológica e naturalista que o torna único, descreve a DGPC, em comunicado.
O WMF é uma organização privada sem fins lucrativos fundada em 1965 nos EUA, vocacionada para a proteção de património cultural em risco. Com delegações em três continentes, patrocina um programa contínuo para a conservação de tesouros artísticos em todo o mundo, tendo já apoiado mais de 600 projetos em 90 países, nomeadamente em Portugal. A filial portuguesa participou em ações de relevo tais como a conservação e restauro da Torre de Belém, do Claustro dos Jerónimos, dos Jardins do Palácio de Queluz, da Estátua Equestre de D. José I e da Sé Catedral do Funchal.
Para o WMF Portugal esta nova fase de intervenção no Mosteiro dos Jerónimos é entendida pela necessidade de conservação e restauro dum símbolo nacional, e em face do momento crítico que atravessamos. É também considerada a oportunidade certa para apostar na valorização do nosso património, preparando o futuro com uma oferta cultural sustentável e de valor acrescentado para o país, indicou a DGPC.