A obra de melhoria do Mosteiro de Rendufe, em Amares, têm início dia 19 de agosto. Uma intervenção que se integra na candidatura aprovada pelo Programa Norte 2020, no âmbito da “Operação Mosteiros a Norte“, da responsabilidade da Direção Regional de Cultura do Norte. Uma obra orçada em cerca de 504 mil euros (mais IVA), e um prazo de execução de 270 dias.
As obras vão dotar os espaços do Mosteiro de Rendufe “de condições adequadas à sua fruição por parte do público, sem perder de vista o seu potencial em termos arquitetónicos, históricos e culturais”. Uma operação que vai permitir melhorar o uso do património cultural e inseri-lo numa rede de percursos temáticos.
As obras, que foram consignados à empresa Augusto Oliveira Ferreira e Companhia Lda, vão “incidir na Igreja, Capela-Mor e Capela do Santíssimo Sacramento; Antessacristia e Sacristia; bem como no Alpendre do Adro, com intervenções na cobertura, drenagem periférica e reforço estrutural da Igreja como forma de contenção da degradação do espaço interior e do espólio artístico do seu recheio, da autoria de Frei Vilaça”.
O Mosteiro de Rendufe
O Mosteiro de Rendufe tem origem anterior a 1090. Um mosteiro que foi uma das principais casas beneditinas entre os séculos XII-XIV. Mas da obra medieva nada resta devido a reformas posteriores.
A atual igreja data de 1716-1719 e recebeu valiosa talha barroca e tendo sido edificados o claustro e a biblioteca. Em 1834, a igreja passou a paroquial e arruinaram-se as dependências monacais. A grande reforma da primitiva igreja deveu-se à iniciativa do último comendatário – D. Henrique de Sousa, descendente do cardeal Alpedrinha, que em 1551 reedificou o mosteiro.
O edifício está classificado como Imóvel de interesse Público, tendo parte significativa das dependências conventuais sido adquiridas pelo Estado, em 2012, pelo valor de 900 mil euros.